S. CONRADO DE PARZHAM (1818-94) . Durante 40 anos foi porteiro no convento de NaSa de Altoting (na Baviera). “Acolhia todos como se eles fossem Cristo”. Foi canonizado pelo papa Pio XI em 1934.
Actos 13,13-25; Sal 88,2-3.21-22.25.27; João 13,16-20
A CAMINHO DA LUZ ( Actos 13,13-25) . Que bom reler com Paulo a história de Israel! História santa, não porque todos os membros tenham sido modelo de virtudes, mas por Deus ter acompanhado este povo. Com mais ou menos sucesso eles aceitaram corajosamente penetrar na pedagogia divina. Aceitaram incitamentos e repreensões, e libertos do jugo dos egípcios, alcançaram uma liberdade interior mais profunda: a capacidade de amar ao arrepio de tudo e contra todos. A história santa faz-se eco das nossas próprias trajectórias, onde a fidelidade de Deus vai até ao limite das resistências humanas. A luz divina liberta-nos e guia-nos para a vida, para o amor.
“SEREIS FELIZES SE O FIZERDES… ” ( Jo. 13,16-20) . Nós acreditamos muitas vezes, mas erradamente, que as bem-aventuranças são só as anunciadas por Mateus ou por Lucas. Ora, de facto, cada vez que se enuncia uma promessa com a introdução “feliz”, O Senhor oferece um novo caminho para nos conduzir a Ele. Aqui, convida-nos a reproduzir o gesto do lava-pés, ou seja, um comportamento humilde de uns para com os outros, como o d’Ele próprio com os seus discípulos. Talvez este gesto tenha em si uma dimensão algo mortificante, mas ele é, sobretudo, um gesto corajoso e cheio de reconhecimento para com aqueles a quem eu lavar os pés. Pensemos nos homens e mulheres que cuidam do corpo dos outros, oferecendo-lhes o reconhecimento da sua dignidade humana.
Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.
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