S. JOÃO OGILVIE (1579-1615). Em 1976, o papa BTO. Paulo VI, canonizou este filho dum pastor calvinista escocês, preso, condenado e enforcado em Glasgow na Escócia, por se ter convertido à Igreja romana e entrado na Companhia de Jesus.
Êxodo 32,7-14; Sal 105,19-23; João 5,31-47
“O TEU POVO…” (Êx.32, 7-14). Moisés é-nos apresentado como fazendo parte de um povo pervertido. Deus está de tal forma descontente que não quer considerar Israel mais como Povo eleito: “O teu Povo perverteu-se”, diz Ele a Moisés. Mas, Moisés diz-lhE: “Porquê Senhor, se inflamará a Tua cólera contra O Teu Povo?” Afinal trata-se dO “Povo dO Senhor” ou do “Povo de Moisés”? São verdadeiras as duas qualificações. Moisés parece querer refrescar a memória de Deus: “Lembra-Te!” O salmista também convida O Senhor a recordar-Se da Sua benevolência pelo Povo: “Salva-nos, Senhor!”
“A GLÓRIA, EU NÃO A RECEBO DOS HOMENS…” (João 5,31-47). Os homens sempre se combateram e contiuam a combater, em nome da verdade. Como reconhecer quem tem razão se os adversários invocam motivos idênticos? Vemos os fariseus “usarem” Deus como um meio prático para condenar Jesus, que se refere aO Pai como Aquele que virá fazer brilhar o verdadeiro valor da Sua obra. Os fariseus recorrem a Moisés como sendo quem lhes dá o poder de julgarem, mas Jesus vê nele apenas quem revelou um Deus misericórdioso, libertador da miséria mais profunda dos homens. Cabe-nos escolher: um Deus-Juíz ou um Deus de amor e graça?
Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris. Selecção e síntese: Jorge Perloiro.
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