TERÇA-FEIRA – 20/OUTUBRO/2015

A_BtoFerriniBTO. CONTARDO FERRINI (1859-1902).Professor de direito penal romano e bizantino. Falava grego, latim, copta hebraico, siríaco e sânscrito. Teciário franciscano, repartia o seu salário de catedrático com os pobres. Promoveu a fundação da Universidade Católica do Sagrado Coração, em Milão. Fez-se eleger vereador do Município de Milão, promovendo muitas iniciativas a favor do catolicismo. S.Pio XII beatificou-o em 1947.

Romanos 5, 12. 15b. 17-19. 20b-21 ; Sal 39, 7-10. 17 ; Lucas 12, 35-38

“QUANTO MAIS…” (Rom.5,12.15b.17-19.20b-21). Neste texto retêm-se apenas os primeiros versículos relidos por STO Agostinho para fundamentar a noção de um pecado original transmitido a partir da figura simbólica de Adão, representativa simultâneamente do começo e da actual humanidade, figura da “solidariedade no mal” e do “pecado ligado à recusa da condição de criatura”. Esta figura esboçada está sempre no caminho da confrontação com Aquele que vem para fazer triunfar a misericórdia de Deus e dar aos homens a possibilidade de se tornarem justos n’Ele. Paulo relê a história da humanidade sem Cristo, como lugar de pecado e de cólera, para mostrar que – sem discriminação ou mérito – todos somos convidados a entrar numa nova relação justa com Deus, graças a Jesus Cristo, homem perfeito, à imagem de Deus. Em Cristo foi concedida aos homens a graça infinita e superabundante dO Espírito Santo, e assim já não somos dominados pela morte pois O Espírito restabeleceu entre nós o “quanto mais” dO Reino de Deus.

“PERMANECER COM O TRAJE DE TRABALHO…” (Lucas 12,35-38). Habitualmente vestimos trajes mais cuidados quando nos preparamos para receber alguém ilustre. Mas para acolher Cristo na nossa vida, o melhor será continuar com o traje de serviço, pois Ele prefere ver-nos cumprir aquilo que faz a Sua alegria e é, mesmo, o Seu alimento : a vontade dO Pai dos Céus. Para Cristo nada é mais belo do que o normal da vida, o quotidiano em que se inscreve o nosso amor por Ele, dedicando-nos aos nossos irmãos. Jesus acrescenta:“que as vossas lâmpadas estejam acesas”, não apenas para ver claro no cumprimento das “obras de Deus”: esmola, hospitalidade… e domínio das paixões: cólera, cupidez…, mas também para espreitar o momento em que Ele virá. Acender a lãmpada, trabalhar vigilantes, garante-nos já na terra a alegria cristã.

Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.