S. BRUNO (1032-1101). Natural de Colónia, era catedrático de Teologia em Reims quando se retirou com alguns companheiros para a Grande Cartuxa, em Isère, berço desta Ordem monástica. Foi canonizado pelo papa Leão X em 1510.
WILLIAM TYNDALE (1494-1536). Primeiro tradutor para inglês das Escrituras, utilizando a edição que Erasmo tinha feito do Novo Testamento em grego. Foi estrangulado e queimado como herege na Bélgica, sem nenhum processo.
Jonas 3,1-10 ; Sal 129, 1-4ab.7-8 ; Lucas 10,38-42
“MARTA, MARTA ANDAS ATAREFADA…” (Lucas 10,38-42). É grande a tentação para se opôr Marta e Maria e semear assim a cizânia na sua casa. Aceitar que o outro seja diferente, e que as diferenças possam enriquecer-me sem me incomodar é trabalhoso. Quando Bruno fundou a Ordem da Cartuxa, ele tornou visível a aspiração ao silêncio e à solidão presente em todos os homens. Quando Francisco Xavier percorreu as terras do Extremo-Oriente para lhes levar a boa nova da salvação, ele exprimiu a sêde que temos de partilhar o segredo da nossa felicidade. Dois percursos bem diferentes que são porém convites para nos maravilharmos perante a diversidade infinita dos caminhos que levam aO Deus três vezes santo, a um Deus que não cessa de nos surpreender. Compreendemos perfeitamente Marta e temos compaixão dela, porque… somos semelhantes a ela. O seu problema, é o das prioridades da vida. Marta escolheu ela própria essas prioridades. Elas não são más : o dever sagrado da hospitalidade é alguma coisa! Deu todavia a esta virtude toda a sua energia, todo o seu ego, ao ponto de Jesus parecer estar em segundo plano. O grito de Marta, a chamar a atenção de Jesus – como Teresa d’Ávila viu muito bem – é porém um grito de amor inquieto, soltado entre o tacho e a panela: “E eu, será que Tu me amas?”.
Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.
Deverá estar ligado para publicar um comentário.