STA. MARIA FAUSTINA KOWALSKA(1905-1938). Religiosa mística polaca, mensageira da “grande e insondável misericórdia” de Deus. No seu “Pequeno Diário escreveu: “As almas que rezarem este Terço da Misericórdia serão envolvidas por Ela durante a sua vida, e de modo particular, na hora da morte”. Repetia “Jesus, em vós confio”. Foi canonizada pelo papa S.João-Paulo ll, em 2000.
BTO. BARTOLOMEU LONGO (1841-1926). Filho de um médico, estudou Direito em Nápoles, onde se deixou contaminar pelo espírito anticlerical e anti-religioso da época. Um professor, impressionado pelas suas qualidades naturais, vendo a possibilidade dele reabraçar o catolicismo, encaminhou-o para um dominicano com quem Bartolomeu reencontrou a fé, entrando na Ordem Terceira Dominicana. Tornou-se “Apóstolo do Rosário”, cuja devoção difundiu. Beatificado por S.João-Paulo ll, 1980.
Jonas 1, 1–2, 1. 11 ; Jonas 2, 3-5. 8 ; Lucas 10, 25-37
UM CORAÇÃO QUE VÊ (Lucas 10,25-37). Na encíclica “Deus Caritas est”, Bento XVI usa uma formula lapidar para qualificar o Bom Samaritano: “Um coração que vê”. “Esse coração vê onde o amor é necessário e age em consequência”. Bem-aventurado o coração puro pois descobre um reflexo dO Absolutamento Outro no rosto de quem se cruza consigo, mesmo desfigurado. Para ver terá ainda que se sair de si, erguer a cabeça, e ficar disponível à surpresa de Deus. Preocupado em promover “uma cultura do encontro” que seja capaz de dar lugar aos mais pobres, o Papa Francisco suplica à Igreja para que saia de Si mesma e vá procurar as periferias onde ninguém ousa aventurar-se. “Sair sempre!” O doutor da Lei que pergunta : “E quem é o meu próximo ?” teve uma resposta inesperada de Jesus : É aquele de quem tu te acercas para te tornares próximo. O mais importante, no amor, não é intervir e fazer alguma coisa, será sempre deixar-se amar por um irmão, seja ele quem for, por vezes bem inesperado: um bom Samaritano revelador da misericórdia de Deus. Não temos que decidir quem é o próximo, mas devemos mostrar-nos sempre sermos o próximo de qualquer pessoa em dificuldades. O centro, já não sou eu, é o outro a quem é preciso ir.
Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.
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