STO. ELIAS (séc. IX a.C.). Profeta judeu, venceu os profetas de Baal no monte Carmelo.
STO. APOLINÁRlO (séc. I d.C.). Primeiro bispo de Ravena, torturado e mártir da fé.
Êxodo 14, 5-18 ; Êxodo 15, 1-6 ; Mateus 12, 38-42
“PERMANECEI FIRMES E VEDE A SALVAÇÃO QUE O SENHOR FARÁ PARA VÓS HOJE…” (Êx.14,5-18). Face às recriminações dos Hebreus, Moisés promete uma intervenção espectacular de Deus: o mar vai retirar-se para lhes abrir uma passagem e submer gir os Egípcios. Exortação para se ouvir quando os dias difíceis parecem não ter fim. Num mundo onde, à nossa volta, tudo anda demasiado depressa, sentimos muita dificuldade em aceitar o tempo de maturação necessário à vida humana e espiritual. Não nos admiremos portanto por continuar ainda centrados nas angústias, medos e tentações de várias espécies. Aprendamos a “perseverar até ao fim” (Mat. 24,13), seguros que Deus há-de levar a bom termo o trabalho de libertação interior que iniciou quando despertou em nós o desejo pelO Seu Reino.
“MESTRE, QUEREMOS VER UM SINAL FEITO POR TI…” (Mat.12, 38-42). Porquê pedirmos ver para crer, uma vez que só depois de ter ouvido, de ter acreditado, é possível ver. O sinal só faz sentido para quem procura. De facto, a fé não está sujeita a nenhuma condição, ela é adesão. O sinal nunca se impõe, é recebido em liberdade. Jesus remete os interlocutores para um “não-acontecimento”: os 3 dias e 3 noites sem ver a luz, sem ouvir os ruídos exteriores, passados por Jonas na obscuridade no ventre da baleia, sem falar nem comer, é certamente muito tempo se for aproveitado para a meditação. Não quererá esta imagem dO Evangelho chamar-nos a atenção para as nossas trevas, incertezas e in compreensões? São elas, de facto, o nosso túmulo: quando nos fechamos e recusamos ou somos incapazes de escutar a mensagem da ressurreição. Porém Cristo está aí, sempre bem próximo, a estender-nos a mão para nos reerguer. Tenhamos confiança para tornar possível acolhermos a imprevisível mas tão bela luz dO Ressuscitado. Ousemos viver a Boa Nova!
Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint -Martin de Mondaye. Selecção e síntese: Jorge Perloiro.
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