QUINTA-FEIRA – 16/JULHO/2015

A_NossaSenhoraDoCarmoNOSSA SENHORA DO CARMO. O Carmelo é uma montanha da Palestina que foi desde tempos antigos um lugar elevado de oração. Os Carmelitas construiram ali um mosteiro dedicado à Virgem Maria, que levou em Nazaré uma vida de trabalho e de contemplação.

S. SISENANDO (821-51). Mártir lusitano, natural e patrono de Beja (decr. 24.Out.1651). Estudou em Córdova e a sua ciência, sabedoria e fortaleza eram exemplares. Preso e condenado à morte, por degolação, o seu corpo foi atirado ao Guadalquivir, que as águas devolveram a uma das margens, tendo sido então sepultado na igreja matriz de Córdoba. A demagogia da 1ª República vandalizou a sua capela em Beja que tinha a relíquia dum braço, tornando-a cantina escolar, hoje recuperada ao culto.

Êxodo 3, 13-20; Sal 104,1. 5. 8-9. 24-27; Mateus 11, 28-30

QUEM FOR SALVO TORNA-SE MEDIADOR DA SALVAÇÃO (Êx.3,13-20). Moisés, purificado no exílio, está maduro de Deus para a sua missão. Salvo das águas, e talvez da violência interior que o levara a matar o egípcio e instituir-se reparador das injustiças sofridas pelos seus irmãos (Êx.2), Moisés pode agora tornar-se mediador entre Deus e os homens, para salvação dO Povo. De facto, “O nosso Deus é um Deus que liberta” (Sal.67,21). Estaremos nós convencidos desta realidade? Será que encontramos tempo, sob o olhar dO Senhor, para nomear os laços dos jogos subtis que nos prendem: do perfeccionismo, do idealismo que mascara as nossas angústias, dos medos, da tacanhez de coração… de tudo, para os lançar no fogo dO Espírito.

“SIM, O MEU JUGO É FÁCIL DE LEVAR…” (Mat.11,28-30). Jesus dirige-Se aqui àqueles que se afadigam nas dificuldades. Ora, ainda que não possamos mudar nada às nossas provações, podemos porém ter controle em nós. Trata-se de saber se deixamos verdadeiramente Cristo levar connosco o nosso fardo, escolhendo depô-lo para colocar a cabeça sob o Seu jugo, junto com Ele. Jesus não nos sobrecarrega com o jugo da Lei mas com o dom, com o dom do Seu amor.
Nascemos do amor dado e vamos para o amor partilhado. Eis o novo jugo de Jesus: partilhar o que recebemos. O Evangelho não é uma moral, é uma palavra de graça. A Graça!: que é o contrário de uma moral.

Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.