STA. CATARINA DA SUÉCIA (1331-1381). Filha da futura STA. Brígida da Suécia, viveu 23 anos em Roma na companhia da mãe. Após a morte desta regressou à pátria e foi abadessa no mosteiro de Valdstena, berço da “Ordem de S. Salvador” (“brigídinas”) que a mãe tinha fundado. Escreveu o livro “Consolação da Alma” (Sielinna Troest).
Números 21, 4-9 ; Sal 101, 2-3. 16-21 ; João 8, 21-30
“ERGUE UMA SERPENTE…” (Núm.21,4-9) . Estranha prática de cura, que roça a magia: olhar a serpente cura as feridas das serpentes ! É provável que o autor bíblico evoque o culto dum deus-serpente curandeiro para o submeter ao poder dO Deus único. Mas o evangelista vê no texto uma imagem da salvação oferecida: olhar a serpente, é olhar de frente o mal cometido ou sofrido, é identificá-lo e retirar-lhe o veneno. Ora, Jesus será erguido na cruz, e, os homens que O contemplarem descobrirão a sua própria cumplicidade com o mal. Compreenderão que Aquele que é elevado na cruz é também elevado em Deus, e que, perante Ele, seus corações ficam nus, convidados à conversão e à cura.
“QUEM ÉS TU,AFlNAL ?…” (João 8,21-30). A questão da identidade de Jesus nunca deixou de importunar as pessoas à Sua volta. Os Seus actos e palavras, o Seu comportamento e maneira de ser, de questionar ou responder às questões, de usar parábolas : tudo n’Ele surpreendia e por vezes escandalizava, espantava, perturbava, convertia. Foi necessário Jesus ser elevado na Cruz e ressuscitar para ganhar sentido tudo o que tinha precedido a Sua Paixão. A comparação entre a serpente de bronze e a elevação de Jesus é duma grande audácia: Jesus será quem causa a morte definitiva da serpente Satanás. Que morde sempre… mas os seus dias estão contados.
Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.
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