S. CONRADO DE PLACÊNCIA (1290-1351). Conrado Confaloniéri, numa caçada, lançou fogo ao mato e provocou um grande incêndio que causou muitos prejuízos. Foi preso um pobre inocente que, na tortura, confessou o crime e ia ser executado. S. Conrado então acusou-se, pagou os danos, retirou-se para o deserto e aí viveu 36 anos de oração e penitência.
B.TO JOSÉ ZAPLATA (1904-45). Religioso polaco da“Congregação do Sagrado Coração de Jesus”, morto por tifo no campo de concentração de Dachau, após ter assistido outros prisioneiros contaminados. Beatificado pelo papa S. João-Paulo ll, com mais 107 mártires polacos da perseguição nazi, na sua 7ª viagem apostólica à Polónia em 1999.
Deuteronómio 30,15-20 ; Sal 1,1-4. 6 ; Lucas 9, 22-25
UMA ESCOLHA (Deut.30,15-20). No início da Quaresma, o texto do Deuteronómio remete-nos para o tema das “duas vias”: da escolha entre a via da vida e da felicidade ou a via da morte e da desgraça. Quem desejará, aliás, deliberadamente optar pela segunda? Mas porque as vidas humanas são paradoxais, podemos lateralmente, insidiosamente, (por não conseguirmos “escolher” privilegiar o bem com a força suficiente), ter talvez deixado que as tendências mórbidas ocupem demasiado espaço nas nossas vidas. O combate espiritual da Quaresma consiste em não nos resignarmos ao pecado e optarmos pelo esforço que o contraria: é este o trabalho da graça que sempre o antecede. Supliquemos a Deus que nos dê essa graça: é ela que guia as nossas escolhas para o bem.
“QUE ELE TOME A SUA CRUZ (…) E ME SIGA…” (Lucas 9,22-25). Escolher a Vida é aceitar a lógica da Encarnação de um Deus de tal forma connosco que morre sobre uma Cruz. Nela se situam as verdadeiras escolhas da nossa vida: podem traduzir-se certamente em relação ao bem ou ao mal, mas “in fine” será em relação a Jesus (a minha vida n’Ele ou fora d’Ele) que se manifesta a nossa liberdade. Em cada momento da minha vida está em jogo a Salvação, a Vida, pois em cada decisão eu tomo posição por ou contra Jesus. Qualquer escolha manifestada numa ocasião solene ou em segredo não terá valor se não for ratificada agora…, de imediato. E Jesus adverte-nos que essa ratificação na permanência tem sempre a ver com a cruz, caminho de Vida.
“Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.
Deverá estar ligado para publicar um comentário.