SEXTA-FEIRA – 27/MAIO/2016

SantoAgostnhoDeCantuariaSTO. AGOSTINHO DE CANTUÁRIA(604). Escolhido por Gregório, O Grande para evangelizar a Inglaterra, foi bem acolhido por parte do rei saxão STO. Edelberto, que se converteu pouco depois. 1º Arcebispo da Cantuária.

1 Pedro 4, 7-13 ; Sal 95,10-13 ; Marcos 11,11-26

COBRIR E COBRIR-SE! “A caridade cobre uma multidão de pecados”. A 1ª Carta de Pedro retoma aqui um versículo dos Provérbios (Pr. 10,12) que, no seu contexto, evoca quem, em vez de as descobrir cala as derrapagens do seu amigo. Mas“cobrir” também evoca o perdão (Sal.32,1), uma vez que ele é ali um termo técnico. O que poderá portanto significar que quem perdoa, garante o perdão das suas faltas, como se diz no evangelho de S.Mateus (Mat. 5,7). Seja como for, a caridade surge realmente como o cimento da comunidade, ao lado da sobriedade-vigilância e da oração. Elas possibilitam igualmente uma recta aplicação dos dons recebidos.

“VENDO AO LONGE UMA FIGUEIRA!…” (Marc.11,11-26) . Estranha história ! Por sentir fome, Jesus vai procurar figos numa figueira. Ora, se não era tempo de figos…! No dia seguinte também não os encontra…, e Jesus amaldiçoa a figueira… História de valor simbólico que se assemelha mais a uma parábola do que a um acto de poder. A sua verdade estará algures. O episódio central, é a intervenção violenta de Jesus a expulsar os vendilhões do templo, iluminado pela história da figueira. A casa de Deus está entregue aos negociantes e aos jogos de poder. Jesus vê-a como árvore ressequida. Daqui em diante a oração que pede aos discípulos resultará duma caminhada íntima de perdão. Um ensinamento que anuncia o que Jesus vai viver na Cruz. Tal como a vinha, a figueira é muitas vezes a imagem de Israel. Sem dúvida por Marcos ter vivido com os catecúmenos a Semana Santa – logo antes da Páscoa – ele reordena os acontecimentos que levaram Jesus à cruz. Jesus é a última oportunidade de Israel.

Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.