QUARTA-FEIRA – 13/ABRIL/2016

a_SaoMartinho-PapaS. MARTINHO I (590-656) . Eleito papa em 649, logo reuniu um Concílio na Basílica de Latrão onde foi condenada a heresia monotelita de Eutiques, que negava a Cristo uma vontade humana. Por isso teve que enfrentar o imperador Constâncio II que mandou o exarca de Ravena prendê-lo e enviá-lo para Constantinopla. Ali foi julgado e condenado à morte por suposta traição, pena que, dada a sua avançada idade, foi comutada por desterro na Crimeia, onde morreu na miséria como mártir da fé.

BTO. ESCUBILIÃO ROUSSEAU (1797-1867) . Este françês, entrou na “Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs” e foi enviado (1883) para a Ilha da Reunião, no Índico, cujos habitantes eram na maioria escravos negros a trabalharem nas plantações de café e da cana de açúcar. Dedicou-lhes a vida, com escolas e a ensinar o catecismo. Em 1848 teve a alegria de ver abolida a escravatura. Foi beatificado em 1989.

Actos 8, 1b-8 ; Sal 65, 1-3a . 4-7a ; João 6, 35-40

A GARANTIA DA RESSURREIÇÃO ( João 6,35-0). A fé é um movimento para Jesus. Esta diâmica é um despojamento de si mesmo e de confiança radical nO Absolutamente-Outro: é um movimento vital e existencial que não atenta contra a razão nem a inteligência. Ele é uma resposta simultâneamente humilde e expontânea ao dom da fé semeada por Deus em nós. Este movimento liga-nos já à eternidade e à nossa ressurreição n’Ele “no último dia”. Ora todos fomos dados a Cristo pelO Pai: “Que Eu não perca nenhum daqueles que Tu Me deste”. Todos procuramos satisfazer as necessidades vitais da nossa humanidade: a fome, a sede, a felicidade numa vida serena. Mas, no fundo de mim mesmo, qual é a necessidade essencial? Não será primeiro a alegria de amar e de ser amado? Recordemos as palavras do papa Bento XVl nas JMJ de 2012 : “É em Jesus-Cristo que se manifesta mais claramente o amor infinito de Deus por cada um. É n’Ele que se encontra a alegria que procuramos (…) O motivo dessa alegria é pois a proximidade de Deus, que se fez um de nós”.

Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.