SEGUNDA-FEIRA – 14/DEZEMBRO/2015

SaoJoaoDaCruzS. JOÃO DA CRUZ (1542-91). Sacerdote carmelita, contemplativo e poeta místico,
viveu numa permanente relação pessoal e intensa com Deus : “A alma sabe que tem uma enorme dívida para com Deus, que a criou só para Ele, e, portanto, tem de O servir toda a vida, não lhe restando senão uma resposta de amor…” Doutor da Igreja. A convite de STA. Teresa de Jesus, empreendeu a reforma do ramo masculino dos Carmelitas no meio das resistências e desvios dos herejes e visionários da Reforma e da Contra-Reforma, sofrendo muitas perseguições dos próprios confrades.

BTA. FRANCISCA SCHERVIER (1819-76). Fundadora em 1845, em Aachen com mais 4 jovens, duma comunidade tipo conventual para cuidar de ex-prostitutas, que foi a base, em 1851, das “lrmãs dos Pobres de S.Francisco”. Grande figura do catolicismo social alemão do séc. XIX , abriu em 1858 uma casa em Nova York (USA) para ajudar os emigrantes alemães. Foi beatificada pelo papa BTO. Paulo VI, em 1974.

Números 24,2-7.15-17a; Sal 24,4bc-9; Mateus 21,23-27

PARA QUE TRIUNFE A LUZ (Num. 24,2-7.15-17a). A liturgia convida-nos na 1a leitura à contemplação de Deus, fiel nos Seus desígnios, que nenhum obstáculo pode travar. O profeta pagão Balaão ia amaldiçoar Israel, a pedido do rei Balac que O pretendia aniquilar, mas Deus enviou um anjo que lhe travou o burro embora Balaão não o visse. E Balaão acabou por abençoar Israel, profetizando a vinda de um salvador através dele. Igualmente, as ciladas armadas a Jesus se revelaram irrisórias na manhã da Ressurreição. Tenhamos a esperança que Deus vencerá os obstáculos que impedem Cristo, “novo Sol dum dia novo”, de nascer nos nossos corações. Reconheçamos as nossas resistências e cumplicidades com as trevas, para, pouco a pouco, a luz sem declínio poder despontar triunfante.

“NÓS NÃO SABEMOS…! ” (Mat. 21,23-27). A resposta dos sumo-sacerdotes e dos anciãos a Jesus não foi só mera tática retórica que lhes permitiu iludir a pergunta. Não se trata pois de técnica oratória, mas de uma realidade : eles não sabiam verdadeiramente de onde era o baptismo anunciado por João. Porque, de facto, eles não tinham reconhecido no Baptista “a voz daquele que clama no deserto”. Não estavam portanto nada convertidos, e se Cristo não responde à pergunta que lhE fazem, é por eles não se encontrarem ainda preparados para entender a Sua mensagem, nem compreender que Ele vinha cumprir-lhes as Escrituras. Só nos é possível acolher O Verbo feito carne se nos prepararmos : é no coração que Ele deve nascer, e isso obriga-nos a uma imediata preparação.

Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.