S. DÂMASO, PAPA (366-384) Convocou o II Concílio Ecuménico onde foi declarado o dogma da“divindade dO Espírito Santo”. Foi ele quem encarregou S.Jerónimo de traduzir a Bíblia do original para o latim, língua oficial da Igreja. Conhecido como “Papa das catacumbas dos mártires”, por ter sido quem as mandou restaurar.
Isaías 48, 17-19 ; Sal 1, 1-4. 6 ; Mateus 11, 16-19
“TEU REDENTOR… ” (Is. 48,17-19). A expressão saiu da linguagem corrente, e os cristãos que a usam têm dela muitas vezes uma ideia difusa. Todavia ela remete-nos para o funcionamento da justiça no antigo Israel. Não há defesa organizada para quem é vítima de injustiça, se não encontrar um defensor que faça valer o direito do protegido e use a sua influência para o salvar. Ora quando os israelitas, maltratados e exilados, gritam para obter justiça, Alguém escuta o grito e lhe responde: o Deus que fizera aliança com os seus antepassados, Abraão, Isaac e Jacob, e lhes prometera uma descendência à qual ficaria sempre fiel.
ÁRVORE OU PALHA? ( Sal. 1,1-4.6). No Sal.1, encontramos o tema dos 2 caminhos, tão querido do judaísmo e cristianismo primitivos. Ele recorda que estamos sempre numa encruzilhada de caminhos, que até podemos não ver, e que as nossas escolhas, mesmo mínimas, são comprometedoras muito para além delas próprias. “Árvore plantada à beira da corrente” e “palha que o vento leva”, são duas imagens impressionantes que nos ajudam a não ceder no quotidiano à mediocridade, ao compromisso ou ao cinismo, e que estimulam a nossa relação com a Palavra de Deus, fecundadora dos desertos interiores e desvendadora de um caminho de Vida.
“A SABEDORIA DE DEUS FOI RECONHECIDA… ” ( Mat. 11,16-19) . Jesus tem muitas vezes um olhar severo da Sua geração, classificando-a de “insensata”, “perdida” e “perversa”. Na cena relatada hoje por Mateus, o julgamento é mais leve: os homens são “garotos”. Isto não impede que no fundo, a acusação continue grave: eles não compreenderam nada. Nem a mensagem de João Baptista, nem a pregação de Cristo. Em sua desculpa, reconheçamos que devia ser difícil viver na era messiânica e ver a realização das Escrituras, porque se pensava que isso seria sempre no amanhã. Mas a nossa geração não está muito afastada da geração de Jesus.
Se a fé nos tocou foi porque os discípulos reconheceram que Ele era Cristo. Sejamos os discípulos do nosso tempo a transmitir a fé.
Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.
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