S. GREGÓRIO, o TAUMATURGO (268). Nascido numa família pagã nobre do Mar Negro, os estudos para a advocacia fizeram-no encontrar Orígenes (ensinava Teologia na mesma cidade) e o bom exemplo deste mestre levou-o à conversão e ao baptismo. Regressado à sua cidade natal de Neocesareia do Ponto, foi eleito bispo. Homem de fé extraordinária, operava autênticos milagres. Ninguém via nunca no seu comportamento o menor sinal de cólera; as suas respostas eram simples: “sim”,“sim” ou “não”,“não”, como manda o o evangelho ; sua piedade era tão admirável que ao rezar parecia estar a ver o invisível.
S. TIAGO DE SAROUG (451-521). Bispo de Batnan, na Síria, é um grande escritor e poeta da Igreja cristã Síria-Ocidental. Das 760 homilias que compôs apenas um terço chegou até nós, onde ele canta a beleza do agir de Deus na história, simbólicamente reflectida no Seu olhar misericordioso, revelado no rosto de Jesus-Cristo.
Jer. 33,14-16; Sal 24,4-5.8-10.14 ; 1 Tessal. 3,12–4,2 ; Lucas 21,25-28.34-36
“LEVANTAI A CABEÇA !…” (Lucas 21,25-28.34-36). Mesmo que na vida haja dias em que tudo vai bem, todos já experimentámos a travessia do deserto em dias de tempestade quando é necessário aprender a levantar-nos e a reencontrar o norte. O futuro, subitamente, torna-se uma fonte de angústia e de perguntas. É então muito grande a tentação de procurar sinais para compreender, interpretar ou acolher o que acontece e cai sobre nós. Quem é que nunca procurou sinais antes de arriscar um passo ou de comprometer a própria vida? Em todos os tempos, o homem procurou sinais. São numerosos os que, ainda hoje estão à espreita de sinais para terem a certeza de que o tempo vai melhorar, que a doença se afasta ou que a paz está próxima. Sabemos como para nós próprios, para os nossos próximos ou para povos inteiros, são importantes estes sinais e como eles nos ajudam a suportar, a esperar, a viver. Sinais que nos convidam a levantar a cabeça! Começa hoje o tempo do Advento e os textos da liturgia assemelham-se, estranhamente, a palavras para tempos de crise, a raios de sol no coração da tempestade ou, muito simplesmente, a palavras que dão esperança: um mundo que desaparece e outro que vem. O Advento conduz-nos ao Natal, mas este tempo litúrgico não é apenas um tempo que nos prepara para celebrar um aniversário. É um tempo em que precisamos conjugar o passado, o presente e o futuro: Cristo nasceu, Cristo está aqui, Cristo regressará! Deus fez-Se homem. É tempo para levantar a cabeça e descobrir na nossa vida, e à nossa volta, sinais da vinda dO Reino de Deus.
Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.