S. CALISTO I (222). Antigo escravo, foi diácono e a seguir o Papa que combateu as heresias dando provas de indulgência em relação aos apóstatas arrependidos. Morreu mártir, depois de converter o carcereiro ao curar-lhe a esposa que já agonizava. Foi atirado em Roma a um poço fundo que encheram de terra até ao topo.
S. JOÃO OGILVIE (1579-1615). Nascido numa família nobre calvinista, foi enviado à Europa para completar a sua formação. Ali converteu-se e, com 20 anos, entrou na Companhia de Jesus. Ordenado, regressou a Inglaterra onde, ao não reconhecer a autoridade espiritual de Jaime ll, foi preso, torturado e enforcado em Glasgow.
Romanos 2,1-11; Sal 61,2-3.6-7.9; Lucas 11,42-46
“VÓS DESCURAIS A JUSTlÇA E O AMOR DE DEUS…” (Lucas 11,42-46). As acusações aos Fariseus de Jesus, são de novo referidas hoje. Já as tínhamos meditado, em Marcos, no mês de Agosto. Não há dúvida que nos custa aceitar estes textos, mesmo sabendo não se tratar de “maldições”. Deus Criador só pode abençoar, e Jesus é Deus, mas insiste em apelar com força à nossa conversão. Jesus dirigia-Se aos bons praticantes do seu tempo, aos que levavam a sério a sua religião, aqueles que não eram indolentes, que sabiam denunciar os desvios dos contemporâneos e se esforçavam por traduzir até nos mais pequenos pormenores as exigências da Tora, tal como ela fora revelada a Moisés e a tinham comentado os especialistas da Lei, com jurisprudência compilada pelos seus doutores. Assim ao dizer aos fariseus: “Que desgraça vós descurardes a justiça e o amor de Deus!”, Jesus está a recorda-lhes que o caminho que seguem não lhes trará a felicidade, a verdadeira felicidade, essencial da Sua mensagem. De facto, aqui a palavra grega “desgraça” pode também traduzir-se por: “atenção”, “tende cuidado”…! Seja como for, a 20 séculos de distância, esta chamada de atenção dO Senhor, dirige-se também a mim, a nós. Jesus recorda o Antigo Testamento e manifesta a grandeza do homem perante Deus. Somos capazes de viver a justiça e o amor, ecos da bondade de Deus. O homem é livre: Deus ama-nos tanto que nos permite recusar O Seu Amor ou aceitá-lO com alegria!
Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.
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