STA. TERESA DO MENINO JESUS (1873-97). Passado mais de um século, o “pequenino caminho, bem direito, bem curto (…) completamente novo” para “chegar ao Céu”, descrito pela humilde carmelita de Lisieux (onde entrou com 15 anos), continua a tocar os crentes de todos os países. Doutora da Igreja desde 1997.
Isaías 66,10-14c; Sal 130; Mateus 18,1-5
“AOS SEUS SERVOS.” (Isaías 26,10-14c). A figura do “servo” evolui ao longo de todo o Livro de Isaías. Na época real (primeira parte do livro), o servo designa David ou um dos seus descendentes. No final do Exílio (segunda parte) aparece a figura do servo sofredor, seja profeta, seja o resto de Israel. É uma figura individual ou colectiva de um enviado de Deus que vai morrer para salvar os seus. Após o regresso do Exílio (3ª parte, cujo texto é o final), o termo passa a ser plural : os servos são agora todos os que guardam a lei de Deus e honram O Seu Nome. Mas o grupo abre-se amplamente para lá das fronteiras do judaísmo, a todos os povos e a todos os que, até então, eram excluidos: às pessoas deficientes, aos eunucos e aos estrangeiros.
QUEM É CIDADÃO DO REINO? (Mateus 18,1-5). Aos discípulos que perguntam quem é o maior nO Reino dos Céus, Jesus responde com uma exigência: não se nasce cidadão dO Reino, há que tornar-se num deles. Para isso é necessário converter-se e fazer-se semelhante às crianças. A consolação de que fala o profeta lsaías na primeira leitura tem este preço : só é consolado quem espera, quem se faz dependente, à imagem de um bébé que a mãe acaricia nos braços. Teresa do Menino Jesus compreendeu bem isto: ela queria tornar-se santa e descobriu que o caminho a seguir é o pequenino caminho da humildade. A santidade, a grandeza que importa aos olhos de Jesus – a glória que os cristãos devem procurar – é cada um aceitar ser incluído entre as pessoas mais comuns.
Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese Jorge Perloiro.
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