BTO. MIGUEL DE CARVALHO (1577-1624). Natural de Braga, este jesuíta, apesar da interdição aos missionários, conseguiu entrar no Japão disfarçado com o trage de soldado e, depois de aprender a língua, dedicou-se a confessar os cristãos japoneses. Descoberto, aceitou com alegria a sentença de morte e foi queimado em fogo lento com mais 3 sacerdotes e um irmão leigo.
BTO. TOMÁS KEMPIS (1379-1471) . É a este monge alemão, que viveu o essencial da sua vida no mosteiro do monte de S TA Inês, perto de Zwolle (Holanda), que hoje se atribui a redacção da célebre obra de devoção: “A Imitação de Cristo”.
1 Tessalonicenses 2, 1-8 ; Sal 138, 1-6 ; Mateus 23, 23-26
A PRÁTICA DO DISCERNIMENTO (1 Tessalonicenses 2,1-8) . Embora por vezes Paulo se louve a si mesmo (Cor.10, 33) não é o caso do 2o cap. da 1a Carta aos Tessalonicenses. Não deve ler-se a Escritura para se ficar transformado num “poço” de atitudes piedosas préviamente preparadas, mas sim para se aprender a praticar o discernimento. Isto pressupõe a existência de carácter, da presença que se tem perante a Palavra, perante a realidade, e perante nós-mesmos e de todos aqueles que nos rodeiam. Porque, embora não se trate nem de seduzir nem de enganar ninguém, devemos esforçar -nos por agradar “em tudo a todos”, sem procurar “o nosso próprio interesse, mas o interesse do maior número, afim de que eles sejam salvos”. Peçamos isto aO Espírito de Amor e de Verdade!
“AI DE VÓS ESCRIBAS E FARISEUS HIPÓCRITAS… ” ( Mateus 23,23-26). Este Evangelho não parece ser nada positivo ! Quem hoje fulmina os fariseus não é afinal O mesmo que Deus enviou ao mundo, não para o julgar mas para o salvar? (Jo.3,17). É importante constatar que o “Infelizes de vós…” de Jesus não é uma maldição mas sim uma dolorosa constatação. Mas como são duras estas palavras: Aquele que é a Vida condena os que levam à morte a relação com Deus. Então, a partir de hoje, oremos e actuemos com a graça divina para que um dia, como algo negro que se torna branco, o “infelizes…” se torne num “bem-aventurados…” E que nos acolham no céu os braços abertos com esta frase : “Feliz és tu, querido filho de Deus, porque seguiste o caminho da verdade e da vida; bem-aventurada és tu, querida filha de Deus, porque anunciaste o Meu Evangelho com as tuas palavras e a tua vida”. Feliz aquele que, ao reconhecer as suas falhas nos preceitos que a Lei tem de mais grave, renuncie à sua personalidade exterior e vá humildemente até aO Salvador: esse receberá um coração novo onde estará gravada a Nova Lei, impressa pelO Criador.
Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.