Sexta-feira 14/AGOSTO/2015

San_Massimiliano_Maria_KolbeS. MAXIMILIANO MARIA KOLBE, presbítero, mártir, +1941: Nasceu na Polónia, em 1894. Morreu num campo de concentração nazista, oferecendo a sua vida em favor de um pai de família condenado à morte. Era franciscano conventual. Ensinou teologia em Cracóvia. Devotadíssimo de Nossa Senhora, fundou, na Polónia, a Milícia da Imaculada. E para maior divulgação da devoção à Imaculada, criou a Revista Azul, destinada aos operários e camponeses, alcançando, em 1938, cerca de 1 milhão de exemplares. A “Cidade da Imaculada” abrigava 672 religiosos e um vasto parque gráfico. Foi percursor das comunicações. Perto de Nagasaki fundou uma segunda Cidade da Imaculada com o seu boletim mariano e missionário, impresso em japonês. Regressado à Polónia, foi preso pelos nazistas devido à influência que a revista e publicações marianas exerciam. Foi dia 7 de Fevereiro de 1941, em Varsóvia. Dali foi levado para Auschwitz e condenado a trabalhos forçados. Exerceu um verdadeiro apostolado no meio dos companheiros de infortúnio, encorajando-os a resistir com firmeza de ânimo. Foi ali que se ofereceu para morrer no lugar de Francisco Gajowniczek. Único sobrevivente do grupo, no subterrâneo da morte, Maximiliano Kolbe resistiu por quinze dias à fome, à sede, ao desespero na escuridão do cárcere. Confortava os companheiros, os quais, um após outro, aos poucos sucumbiam. Morreu com uma injecção de fenol que lhe administraram. Era o prisioneiro com o nº 16.670. Foi no dia 14 de Agosto de 1941. Beatificado por Paulo VI em 1971, foi canonizado por João Paulo II, em 1982. Toda a razão de ser, de sofrer e de morrer do Padre Kolbe esteve em perscrutar – para dela viver e fazer que se vivesse – a resposta de Maria a Bernardette: “Sou a Imaculada Conceição”.

SANTO ESTANILAU KOSTKA, estudante jesuíta, +1568: Pertencia a uma das mais nobres e ricas famílias da Polónia e estudava em Viena, em companhia de um irmão mais velho. Convidado a ingressar na Companhia de Jesus pela própria Santíssima Virgem, encontrou grandes dificuldades para responder ao chamamento. Seu pai, embora católico, opôs-se inabalavelmente à vocação religiosa de Estanislau. Em Viena, o provincial da Companhia dispôs-se a admiti-lo… desde que ele fosse autorizado pelo pai, pois era menor de idade. Conhecendo a obstinação paterna, Estanislau compreendeu que nunca obteria a sua autorização. Aconselhou-se então com o Pe. Francisco António, jesuíta português que era confessor da imperatriz, e fez um voto heróico: o de peregrinar pela Terra inteira, se necessário fosse, até encontrar uma casa da Companhia de Jesus que o quisesse aceitar sem a licença do pai. Fugiu ocultamente de Viena e caminhou a pé 700 km, despistando o irmão que o perseguia, à procura de São Pedro Canísio, superior dos jesuítas da Alemanha. Este acolheu-o com bondade e encaminhou-o para Roma, com uma carta de recomendação a São Francisco de Borja. Mais 800 km Estanislau caminhou a pé, até à Cidade Eterna. Lá, teve a alegria de ser aceite como noviço da Companhia, mas permaneceu nessa condição somente 9 meses, pois morreu, como desejava, na festa da Assunção de Nossa Senhora do ano de 1567. Não chegou a completar 17 anos de idade.

Js 24,1-13; Sal 136(135),1-3.16-18.21-22.24; Mt 19,3-12

São João Paulo II (1920-2005), papa
Angelus, 6 de Fevereiro de 1994

«O Criador, desde o princípio, fê-los homem e mulher»

Tal como tinha planeado desde o princípio, Deus criou o homem e a mulher à sua imagem. A Escritura diz: «Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher» (Gn 1,27). É pois importante que esta grande verdade do livro do Génesis: a imagem de Si mesmo que Deus pôs no homem e na mulher passa também através da complementaridade dos sexos. O homem e a mulher, unidos em matrimónio, reflectem a imagem de Deus e são, de algum modo, a revelação do seu amor. Não só do amor que Deus nutre pelo ser humano, mas também da misteriosa comunhão que caracteriza a vida íntima das três Pessoas divinas. Imagem de Deus pode considerar-se, também, a própria geração, que faz de cada família um santuário da vida. O apóstolo Paulo diz-nos que toda a paternidade e maternidade recebem o nome de Deus (Ef 3,15). É Ele a fonte última da vida. Por isso, pode-se afirmar que a genealogia de cada pessoa tem as suas raízes no eterno. Ao gerar um filho, os pais são colaboradores de Deus. Missão verdadeiramente sublime! Não nos surpreendamos, consequentemente, de que Jesus tenha querido elevar o casamento à dignidade de sacramento, e de que São Paulo se lhe refira como um «grande mistério», pondo-o em relação com a união de Cristo com a Igreja (Ef 5,32).

Fonte: evangelhoquotidiano.org