S. LOURENÇO (258) . Este jovem, diácono de Sisto ll, morreu queimado vivo numa grelha por ter recusado entregar ao imperador as esmolas que a Igreja destinava aos pobres. “O cristão é chamado a construir-se a partir de dentro, a deixar que a Vida divina penetre nas próprias veias da sua carne ; então a morte já não será para ele a dissolução do seu ser mas apenas o derradeiro impulso de uma vida unificada para a Fonte eterna” – Maurice Zundel. Foi isto que viveu o diácono S.Lourenço, não apenas no seu martírio mas igualmente ao longo de toda uma vida de permanente serviço aos pobres. Roguemos aO Espírito que nos conceda o dom deste mesmo “impulso”. Peçamos-lhE que os problemas de milhões de emigrados e de refugiados sejam mais visíveis na opinião pública e se encontrem soluções concretas de acolhimento da melhoria da sua situação por vezes tão trágica. Peçamos-lhE pelo reconhecimento dos direitos humanos da igualdade e da liberdade religiosa – discriminadas e perseguidas em tantos países por causa do Nome de Cristo – para as pessoas poderem viver e professar livremente a própria fé.
2 Coríntios 9, 6-10 ; Sal 111, 1-2. 5-9 ; João 12, 24-26
“ONDE EU ESTIVER, Aí ESTARÁ TAMBÉM O MEU SERVO… ” ( João 12,24-26) . Á priori, nós teríamos pensado esta frase com um outro sentido . “Se eu sirvo, então, aí onde eu estou estará Jesus”, porque tal como o diácono Lourenço, deixo Cristo agir por mim. Todavia, como sucede muitas vezes, temos que operar um câmbio. Sim, cristão, tu deves assumir o serviço como Cristo o assumiu na noite da Sua Paixão ! Mas considera sobretudo Cristo naquele que tu serves ! S. Lourenço apresentou ao perfeito de Roma os pobres de que cuidava dizendo serem a riqueza da Igreja. Ora, “rico como era, O Senhor fez-Se pobre para nos enriquecer com a Sua pobreza”. Que bela lição de humildade ! Somos nós que, como cuidadores, seguimos os pobres para os servir. Porque, neles é Cristo quem servimos.
Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.
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