BTO. FREI TITO BRANDSMA (1881-1942). Padre carmelita holandês, mártir no Campo de concentração de Dachau. Escreveu:“Ó Jesus, quando Te contemplo, eu redescubro a sós conTigo, que Te amo, e que Teu coração me ama como a um dile cto amigo”.
BTA. MARIA MADALENA MARTINENGO (1687-1736). Clarissa, prodígio de penitência e austeridade, não compreendia que se temesse a morte. Leão XIII canonizou-a (1900).
Êxodo 32,15-24. 30-34 ; Sal 105, 19-23 ; Mateus 13, 31-35
O PERIGO DO IMOBILISMO ESPIRITUAL (Êx.32,15-24.30-34). O bezerro de ouro: ídolo que, no deserto, os israelitas tinham criado para enganar os sentimentos de abandono e de insegurança, agravados com a ausência de Moisés no Sinai, que preenchia o vazio dos seus dias em que não caminhavam. Eles já tinham esquecido as grandes acções de Deus a seu favor, e, ainda não sabiam recorrer à Palavra, alimento da nossa fé e da nossa confiança. Este relato, alerta-nos para o perigo do imobilismo espiritual e da falta de distanciamento perante os nossos ressentimentos imediatos. Aprendamos a deixar-nos “agarrar” pela Palavra, arma eficaz no combate espiritual, e a recordar-nos das maravilhas que Deus realiza permanentemente na nossa vida.
AS PARÁBOLAS DAS NOSSAS VIDAS (Mateus 13,31-35). Como é bom ouvir Jesus falar dO Reino a partir da vida quotidiana dos seus interlocutores: um grão de mostarda, um campo, fermento… Não é apenas Cristo que Se coloca ao nosso nível, porque até as realidades que nos cercam são sinais a apontar O Reino. Que pensamos nós da aparente simplicidade das coisas pequenas? Será que estamos a imitar Cristo, conversador de parábolas inspiradas nas nossas vidas? Pegamos no telemóvel para reconfortar um doente? É o regador, ao molhar uma planta ressequida ou um ramo de flores, que faz a alegria d e quem recebe o seu dom. Através do prisma da palavra de Deus, a trama cinzenta das nossas vidas ganha as cores mais brilhantes dO Evangelho. Mas não nos devalorizemos quando confrontados com os nossos limites. Tal como para o grão de mostarda, a fé, a graça e o amor que O Senhor deposita em nós no baptismo, são bem pequenos no princípio. Ora, a nossa vocação é muito maior do que pensamos, pois podemos e devemos pôr Deus em toda a parte… É o significado da imagem do fermento na massa.
Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.
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