BTA. ANGELINA de MARSCIANO (1377-1435). Viúva aos 17 anos, entrou no chamado “Mosteiro das condessas, dedicado a STA. Ana”, em Assis, onde as mulheres nobres podiam entrar e sair livremente. Angelina organizou este mosteiro, onde fundou a primeira “Terceira Ordem Regular Franciscana” de mulheres (sem clausura), especialmente vocacionado para a educação e instrução das raparigas.
BTO. TIAGO DE VORAGINE (1298). Este dominicano italiano é o autor da “Legenda Dourada”, relato da vida de 180 santos (os mais conhecidos de então), repleto de lendas e iluminuras maravilhosas, que teve enorme difusão na ldade Média.
Êxodo1, 8-14. 22 ; Sal 123,1-8 ; Mateus10, 34–11,1
NÃO DElXAR VlVER SENÃO AS FlLHAS (Êx.1,8-14.22). O medo do Faraó face ao número crescente dos escravos leva-o ao genocídio. A prática era conhecida : deixar viver apenas as filhas! Elas não teriam força para se revoltarem e podiam ser dadas aos egípcios. Todavia o Faraó, já se tinha confrontado com a astúcia das mulheres sábias dos Hebreus. E são ainda as mulheres que se irão aliar para salvar o recém-nascido Moisés. O Êxodo convida-nos à contemplação de um Deus libertador, O Deus da Aliança que propõe o (re)encontro da nossa verdadeira identidade. Falta-nos ainda tomar consciência dos tiranos interiores que nos alienam, para desejarmos ser libertos. Como escreveu Maurice Zundel : “O Homem ainda não nasceu”, porque está prisioneiro da sua “biologia”, dos seus “impulsos passionais”, dos seus “ressentimentos”, das suas “ambições”, dos seus “determinismos” sociais e culturais. Procuremos nas Escrituras, sob a batuta dO Espírito, e encontraremos aí o caminho para uma autêntica humanização.
“QUEM VOS RECEBE, A MIM RECEBE…” (Mateus 10,34–11,1). A missão apostólica que recebem os Doze, e depois deles todos os cristãos, manifesta aquilo que nós devemos primeiro anunciar aos homens: o absoluto de Deus, que não se insere em nenhuma categoria humana habitual. Deus está muito para além daquilo que em nós possa existir de mais legítimo. As palavras paradoxais de Jesus falam da transcendência de Deus, O Absolutamente Outro. O único valor que dá sentido e valor a tudo o resto, é a transcendência absoluta do amor de Deus. Será só na medida em que formos totalmente investidos desta presença de Deus, desta preferência por Deus, que tudo o resto da nossa vida ganhará sentido. O nosso Deus não Se apresenta como um rival, mas como O fundamento.
Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.
Deverá estar ligado para publicar um comentário.