S. JOSE MARIA ESCRIVÁ (1902-75). Fundador da Prelatura pessoal “Opus Dei”, colocou a presença de Deus “no trabalho profissional e no cumprimento dos deveres quotidianos (…) convertendo todas as circuns tâncias da vida em ocasião para O amar e servir”. O papa S.João-Paulo ll canonizou-o em Roma, em 2002.
Génesis 17, 1. 9-10.15-22; Sal 127, 1-5; Mateus 8, 1-4
CULTlVAR A MEMÓRlA DE DEUS (Gén.7,1.9-10.15-22). Que significa caminhar na presença de Deus? Não será cultivar o que os Antigos chamavam a “ memória” de Deus, ou seja a consciência da Sua presença? Para alcançar este fim, a Bíblia propõe-nos muitos meios: a observância da Aliança e, aqui, a circuncisão, a leitura e a repetição dos versículos da Escritura, a oração pessoal e comunitária vivida regularmente, sem esquecer a luta contra o endurecimento do coração e o arrefecimento do fervor. O que obriga a não nos aproveitarmos da tibieza que, inevitavelmente, há-de acabrunhar-nos em certos momentos. “Estou crucificado com Cristo e (…) já não sou eu que vive, mas Cristo que vive em mim”.
“QUERO, FICA PURIFICADO…” (Mat.7,21-29). A lepra, metáfora das manchas que alteram a nossa relação com Deus… Deus vem a nós à medida que Jesus desce do monte. Ele vem curar-nos, libertar-nos dos entraves do pecado. Basta que nos aproximemos d’Ele e lhE manifestemos o nosso desejo de cura. Sem dúvida que isto nos parece demasiado simples e, assim, andamos com rodeios, tergiversamos. Porque recusamos esta simplicidade, esta transparência na relação com Deus? Como se receássemos que ela nos revele a nós mesmos… A aceitação serena daquilo que somos tem de ser a bitola do nosso desejo de viver sob o olhar de Deus.
Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.
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