QUARTA-FEIRA – 24/JUNHO/2015

A_OSeuNomeEJoaoNASCIMENTO DE S. JOÃO BAPTISTA. Quantas surpresas em torno de João ! Filho daquela “a quem chamavam estéril”, ele não recebe o nome do pai e a mão dO Senhor está sobre ele.

Isaías 49,1-6; Sal 138, 1-3. 13-15 ; Actos 13, 22-26 ; Lucas 1, 57-66. 80

“ELE FIXOU O MEU NOME…” (ls.49,1-6). Vários textos bíblicos meditam sobre o “nome”: O Senhor mudou o nome de Abrão em Abraão, o de Jacob em lsrael. Ao Seu povo, tal como aos profetas, Ele diz: “Eu chamei-te pelo teu nome”. Dar um nome, conhecer o nome de alguém, é estabelecer com ele uma relação de intimidade, reconhecer-lhe uma dignidade e uma vocação únicas ; o nome diz da pessoa o que só Deus pode saber. Ora há aqui que notar que o verbo utilisado se liga à memória: “Ele fixou o meu nome”. A memória de Deus é uma maneira de falar da Sua indefectivel fidelidade. Àqueles a quem a barbárie quis apagar a memória dos homens, o Estado de lsrael, referindo- se ao Livro de lsaías (ls.56,5), ergueu um monumento chamado Yad Vashem, “uma estrela e um nome”.

“ELA DEU À LUZ UM FILHO…” (Luc.1,57-66.80). “O Senhor manifestara nela a grandeza da Sua misericórdia” (Luc.1, 58). Esta misericórdia, Deus exerce-a não apenas relativamente a Isabel fazendo- a gerar João Baptista, mas também em relação a cada um de nós. Para o compreender mos, basta parar um momento. Quem sou eu? O que é que eu não recebi? Que posso eu, apenas por mim? Que seria eu sem o coração de Deus? Há “coração” na misericórdia. São as virtudes do coração de Deus que se manifestam, que se derramam no homem, quando Deus faz brilhar a Sua misericórdia. Compreende-se o cântico de Zacarias na sequência de tal manifestação misericordiosa. Que fazer além de louvar a Deus por Se interessar por nós? As acções de graças deviam brotar em cada
respiração. Não é a nossa respiração O Sopro de Deus? “Se lhes tiras o alento morrem e voltam ao pó donde saíram” (Sal.103,29b).

Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.