S. JUSTINO(103-65). Filósofo da Samaria, converteu-se com 30 anos de idade. Abriu em Roma uma escola de catequistas. Primeiro “Padre da Igreja” depois dos “Padres Apóstolos”, deixou extensa obra apologética em defesa da fé. O seu proselitismo levou-o à prisão. Apesar de cruelmente martirizado permaneceu fiel e morreu decapitado na perseguição de Marco Aurélio.
Tobias 1,3; 2,1a-8 ; Sal 111,1-6 ; Marcos 12,1-12
INVENCíVEL ESPERANÇA (Marc.12,1-12). Ontem, domingo da Santíssima Trindade, celebrámos a comunhão que existe entre O Pai, O Filho e O Espírito e a harmonia das Suas relações. Que contraste com as leituras propostas hoje para meditação, em que a violência e a injustiça parecem prevalecer… A tentação para desesperar seria bastante forte senão fosse a “maravilha” anunciada pela Escritura : “A pedra que os construtores regeitaram tornou-se pedra angular”. A morte e a ressurreição de Jesus atestam que Deus não participa do mal mas lança-Se impetuosamente na batalha ! Um apelo para cada um ser testemunha duma “invencível esperança”. A violência dos vinhateiros contrasta com a ternura comovedora deste homem pela sua vinha. Esta vinha é uma obra respeitavel, amorosamente concebida. Não será justo que este homem venha reclamar parte dos frutos da vinha àqueles a quem ele a dera e em quem confiara? Que significado tem então esta escalada de brutalidade, este encarniçar de golpes aos servos do Mestre, ao ponto de matarem O Seu próprio Filho? A paz não cresce nos lugares onde a justiça não for respeitada. “Vós começareis pelo respeito” (“Le Lieu du combat” Maurice Bellet, DDB 1976). Respeitar o outro naquilo que ele é, no que ele faz, é reconhecer Deus a agir no dom da vida. Os dons de Deus não se monopolizam, cultivam-se!
Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.
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