STA. CATARINA DE SENA (1347-80).Terciária dominicana, esteve sempre presente na vida da Igreja do seu tempo. Persuadiu o Papa Gregório Xl, que vivia em Avinhão, a regressar a Roma. Apesar de ser analfabeta ditou várias obras místicas que lhe valeram ser declarada Doutora da Igreja. O papa S. João-Paulo ll proclamou-a a 17/Out./1999,
com STA. Brígida da Suécia e STA. Benedita da Cruz (Edith Stein), co-Padroeira da Europa.
1 João 1, 5–2, 2 ; Sal 102, 1-4. 8-9. 13-14.17-18a ; Mateus 11, 25-30
“A MELHOR PARTE…” (Mat.11,25-30). O evangelho de Marta e Maria é muitas vezes compreendido como estabelecendo uma hierarquia entre a acção e a contemplação, realçando a superioridade da segunda. Ora, Jesus não opõe as duas, mas insiste logo sobre aquilo que é melhor: escutar a Sua palavra. E esta pode escutar-se estando quer sentado aos pés dO Senhor, quer a servir esse mesmo Senhor. Mas nós somos tantas vezes como Marta! Comprazemo-nos a julgar as práticas e sensibilidades eclesiais e imaginamos que Cristo servirá de juíz e tomará posição a favor das nossas ideias… Como em casa de Marta, Jesus não Se envolve nas nossas manipulações. Pelo contrário, reconduz-nos ao essencial. Na resposta a Marta, Jesus pede-lhe que faça um trabalho bem mais difícil que as tarefas domésticas: descentrar-se. O problema de Marta não é o trabalho mas estar monopolizada pelas tarefas ao ponto de esquecer porque as faz! Contra todas as formas de açambarcamento, Jesus, com Maria, mostra-nos a melhor parte: descentrar-nos para nos centrarmos n’Ele! STA. Catarina, que hoje festejamos, escutou a palavra de Deus na contemplação e no serviço da Igreja. “Ela escolheu a melhor parte”.
Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.
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