TERÇA-FEIRA – 14/ABRIL/2015

S. PEDRO GONZÁLEZ (STO. TELMO) (1190-1246). Este monge de São Domingos, confessor do rei Fernando lll de Castela, acompanhou-o na reconquista de Córdova aos mouros. Construiu uma ponte sobre o rio Minho, junto de Ribadávia, e foi mestre de noviços durante dois anos em Amarante. Enviado para Santiago de Compostela, deuse conta da pobreza espiritual dos povos da Galiza, nomeadamente dos pescadores que, antes das tempestades, quando viam uma chama azulada a fosforear na extremidade dos mastros, invocavam a protecção de STO. Elmo. Os pescadores portugueses e galegos escolheram-no como STO. Padroeiro e adicionaram STO. Elmo ao seu nome.

Actos dos Apóstolos 4, 32-37 ; Sal 92,1-2. 5 ; João 3, 7b-15

QUANDO OS OLHOS DO CRENTE SE ABREM (Act.4,32-37 ; Jo.3,7b-15). Não basta possuir, nem até ensinar o que se conhece, é necessário reconhecer Aquele que veio revelar os segredos dO Pai, é isso a fé. Então o crente é convidado a levantar os olhos como fazia o povo de Deus para a serpente de bronze, à imitação de Moisés. Mas, agora, é para O que será erguido da terra a fim de atrair a Si todos os homens. “Tal como a serpente de bronze foi elevada por Moisés no deserto, é necessário que O Filho do homem seja elevado”. De facto é necessário levantar o olhar para se dar à existência humana a sua dimensão espiritual, para crer no testemunho dO Filho de Deus, para esperar a Sua Ressurreição. Esta adesão à fé implica um certo número de comportamentos, recomendados por Jesus, tal como a partilha dos bens ao serviço da primeira comunidade cristã. Para Nicodemos que tirou da Cruz o corpo dO Filho único de Deus e lhE deu sepultura, olhar para Cristo morto na Cruz foi ocasião de uma dupla revelação : do abismo da violência humana capaz de supliciar um inocente, mas a que correspondia o abismo, infinitamente maior, da misericórdia divina. Agora, Nicodemos, com o coração palpitante, recordava-se da noite em que Jesus lhe abrira o sentido das Escrituras. Se olhar para a efígie da serpente fora cura para os Hebreus, quanto mais a contemplação de Jesus crucificado o não seria para a salvação dos homens. Agora este fariseu sabia ; ele tinha contemplado.

Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.