TERÇA-FEIRA – 7/ABRIL/2015 3ºDlA DA OlTAVA DA PÁSCOA

Actos 2, 36-41 ; Sal 32, 4-5.18-20. 22 ; João 20, 11-18

“A PROMESSA DE DEUS É PARA TODOS AQUELES QUE O SENHOR NOSSO DEUS QUlSER CHAMAR…” (Act.2,36-41). A missão é um traço que se revela quase imediatamente após a ressurreição de Jesus. Primeiro como missão interior: as mulheres (evang. de ontem) e Maria Madalena (evang. de hoje) são convidadas a não ficarem junto dO Senhor Ressuscitado por mais agradável que isso fosse para elas; pelo contrário, Jesus afasta-as e envia-as para irem testemunhar junto dos discípulos. Da mesma maneira, estes, uma vez convencidos, não continuaram fechados em casa a aguardar Jesus : sairam e foram dar testemunho d’Ele no exterior. É necessário descobrir até ao fundo qual o sentido desta missão praticamente contemporânea com o momento da ressurreição. A Igreja descobre, de facto, melhor a profundidade da sua fé quando dela dá testemunho. Durante esta semana festejamos a Páscoa, mas a verdade das nossas celebrações e da nossa alegria só se manifestará plenamente se houver renovação do nosso sentido e práticas missionárias, saindo em busca das “periferias”, como diz o papa Francisco. Por isso, não façamos como os Judeus que se contentavam em repetir: “O Templo dO Senhor!, O Templo dO Senhor!… (Jeremias 7), nem cantemos apenas “Aleluia ! Cristo ressuscitou !”, pois sem uma renovação do espírito e da acção missionárias corremos o sério risco que essas proclamações fiquem vazias para os outros e para nós próprios.

“Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye. Selecção e síntese: Jorge Perloiro.