2º ANIVERSÁRIO DA ELEIÇÃO DO PAPA FRANCISCO.
Oseias 14, 2-10 ; Sal 80, 6c-11ab. 14.17 ; Marcos 12, 28b-34
“EIS O SEGUNDO…” (Marc.12,28b-34). E, todavia, o escriba tinha interrogado Jesus só sobre o 1º mandamento. Mas ainda que Jesus vá além da pergunta, não o faz sem sentido e sem ensinamento. Porque, de facto, a vida cristã por excelência – a característica da “contemplação cristã” – enraíza-se, simultâneamente e de modo inseparável, em Deus contemplado e amado acima de tudo e no quotidiano das nossas vidas, comprometidas solidariamente no grande estaleiro de construção que o mundo é. E é o assumir deste amor único que obriga o coração a uma conversão radical. Apenas a minha conduta com os que ao longo das horas do dia se tornam o meu próximo, nem que seja por um só instante, me pode dizer se a minha oração – quer seja fácil ou árida – é um encontro amoroso de Deus na fé. E se penso ter chegado ao amor perfeito dos irmãos, só o meu desejo e escuta de Deus me podem dizer se se trata de mera filantropia, resultado de um feliz temperamento, ou se é, de facto, a Caridade divina que me faz amar verdadeiramente “o meu próximo como a mim mesmo, por amor de Deus”. Será no equilíbrio dos dois aspectos da única caridade, que S.Bento chama “vita et mores”, que devo fundamentar a vida cristã. Sempre atento ao“pormenor”, ao concreto, sobretudo nas pequenas coisas.
“Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.
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