1ª QUINTA-FEIRA – 5/MARÇO/2015

BTO. JOÃO JOSÉ DA CRUZ (1654-1734). Religioso italiano franciscano (eremitas de S.Pedro de Alcântara) muito austero, comia pouco (só uma vez ao dia), dormia ainda menos, e  tinha por hábito levantar-se de madrugada para dar graças a Deus pelo  novo dia. Era  famoso pela  sua grande  humildade e foi venerado  em  vida  pelo  povo  devido  à  extrema  dedicação  pelos  pobres e doentes. Caía muitas vezes em êxtase. Beatificado por Gregório XVI (1839).

STO. ADRIÃO (309). Martirizado (lançado às feras e degolado, dia 5/ Março) na Cesareia, Palestina, onde ia visitar cristãos na companhia de STO. Eubulo (morto dia 7/ Março), no 6º ano da perseguição do imperador Diocleciano.

Jeremias 17, 5-10 ; Sal 1, 1-4. 6 ; Lucas 16, 19-31

“O CORAÇÃO DO HOMEM É INCURAVEL…” (Jerem.17,5-10). “Maldito seja quem confia no homem”.  Pessimismo profundo, sentimento agudo do fracasso da sua missão? O profeta Jeremias desespera do coração do homem. Para ele é impossivel confiar num ser humano, sempre instável e em mudança. Será que devemos desesperar de Deus, da Sua promessa e da Sua Aliança ?  Não.. !, porque  se abre um caminho, caminho que a oração judaica retoma incansavelmente desde o primeiro salmo.  O homem que põe a esperança nO Senhor é árvore viçosa, a gerar à sua volta frutos que alimentam. Mas isto não basta para sossegar o profeta: “Nada é mais falso do que o coração do homem…” Para o homem ser capaz de pôr garantidamente a sua confiança nO Senhor, é necessário que O próprio Deus venha transformar o seu coração e habitá-lo.

NA DANÇA DO AMOR (Luc.16,19-31). Ao manter longe o pobre Lázaro, o homem dos banquetes sumptuosos cava o abismo que o separa de Deus e dos eleitos. Ele não escutou Moisés nem os profetas. Ei-lo preso na própria armadilha. Ir à procura do pobre equivale a “deixar Deus por Deus” diz-nos S. Vicente de Paulo. A escuta da Palavra, ao impelir-nos para os mais fracos, arranca-nos ao nosso conforto. Cuidar dum enfermo, consolar um vizinho em dificuldade, escutar um desesperado, é cuidar do próprio Cristo. De Deus ao pobre, do pobre a Deus, eis-nos metidos na dança do amor!

“Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama,  Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.