IV DOMINGO DO TEMPO COMUM – 1/FEVEREIRO/2015

CalaTeSaiDesseHomemBEATAS MARIA-ANA VAILLOT(1734-94) e ODíLIA BAUMGARTEN (1750-94) c/ 97 CC. Irmãs vicentinas mártires, fuziladas em Angers durante a Revolução Francesa, juntamente com 12 padres seculares e 84 leigos (4 homens e 80 mulheres, algumas adolescentes ). Foram todos beatificados em 1984 pelo papa S. João-Paulo ll.

SANTA BRíGIDA DA IRLANDA (450-525). Filha duma escrava cristã baptizada por S.Patrício, evangelizador e padroeiro da Irlanda, e de um rei escocês pagão que viera para a Irlanda (Kildare, cerca de Dublin), cedo resolveu dedicar-se inteiramente à sua fé em Cristo. Fundou em Kildare o 1º mosteiro feminino da Irlanda que se tornou um importante centro cultural e religioso. Em Lisboa existe uma relíquia da cabeça de SANTA Brígida, trazida para Portugal (convento de Odivelas) por D.Dinis, hoje exposta num relicário de prata na capela lateral esquerda da Igreja de S. João Baptista do Lumiar (local da primitiva igreja).

Deuteronómio 18,15-20 ; Sal 94,1-2. 6-9 ; 1 Coríntios 7, 32-35 ; Marcos 1, 21-28

“TU ÉS O SANTO DE DEUS…”(Marc. 1,21-28). O dia de sábado celebra, segundo a liturgia judaica, a “recordação da obra da Criação” e a “recordação da saída do Egipto”. É um dia de acção de graças pelo dom da vida e acesso à liberdade concedida por Deus ao Seu povo, uma liberdade constitutiva da condição humana segundo o desígnio de Deus. Jesus está a ensinar na sinagoga quando o espírito mau o interpela. Ao impôr silêncio a esse espírito e fazendo-o sair do homem, Jesus manifesta aquilo que
celebra o Sábado: o homem é convidado a uma nova existência, liberto de forças interiores que a travem. Nada no relato indica que Jesus fosse “incomodado” pelo possesso. As Suas palavras e actos surgem na continuidade. É a extraordinária unidade dO filho de Deus! Entre o que Ele celebra, aquilo que ensina e o que faz não há diferença. A obra de Seu Pai transparece através de toda a Sua existência. Ele ultrapassa a linhagem dos Profetas evocada no Deuteronómio: eles falavam segundo o que Deus lhes inspirava. Jesus, vive nO Pai. Paulo recorda na epístola que todos os crentes são chamados a seguir Cristo para se assemelharem a Ele. Chamados, pois, a essa unidade de ser e de vida. Como sugere o Papa Francisco, não se trata de viver “desarticulados”, passando do rito à vida, da moral em certos domínios ao descuido noutros, mas de“oferecer a vida” aos nossos irmãos ligando sempre a prática, o preceito, o acto, ao sentido da fonte: mistério central do amor de Deus manifestado em Seu Filho.
Vivamos a Eucaristia como um regresso à fonte, e, ao longo da semana, vamos ali beber deixando-a correr em nós para os outros.

Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.