SEXTA-FEIRA – 30/JANEIRO/2015

STA. MARTINHA (224). O relato do seu martírio correu rápido por todas as regiões do Império, que logo atribuiu à santidade de Martinha os prodígios ocorridos na sua tortura bem como o terremoto na cidade de Roma que destruiu os ídolos e causou inúmeras conversões. É muito venerada nas igrejas ortodoxas orientais, em especial na Rússia, como STA.Tatiana.

STO. MUTIEN MARlA WlAUX (1841-1917). Perfeito durante mais de 50 anos no colégio belga de Saint-Berthuin de Malonne, este irmão das Escolas Cristãs ensinou ali música e arte. Era um santo de grande sensibilidade, não intelectual. Também ensinava catecismo na igreja da paróquia e era conhecido por passar muito tempo em oração diante do tabernáculo e na ermida de NªSª, no campus do colégio. Canonizado em 1989 pelo papa S. João Paulo II.

Hebreus 10, 32-39 ; Sal 36, 3-6. 23-24. 39-40 ; Marcos 4, 26-34

“…COM QUE HAVEMOS DE COMPARAR O RElNO DE DEUS ?…” (Marc.4,26-34). Neste evangelho, Jesus multiplica as parábolas, aproximações parciais e complementares, para esquissar o mistério da relação que Deus mantém com o homem. Todas estas comparações, na maioria agrárias, têm um denominador comum: a articulação da graça divina com a liberdade humana. Assim para edificar o reino de Deus, para que Deus e o homem possam entrar em relação, é o homem que age quando “lança a semente à terra”, mete a foice à seara, e faz “o ninho à Sua sombra”, à sombra dO Altíssimo. Mas o camponês tem aqui uma Boa Nova. Enquanto a sociedade nos obriga a aumentar o ritmo e o rendimento, a palavra de Cristo convida a Igreja a adoptar outra lógica. Após a Ressurreição, Deus reina no mundo e Jesus, grão de trigo lançado à terra, não cessa de dar um fruto de vida por caminhos que escapam às nossas sondagens de opinião, às nossas estatisticas e outros cálculos. Que a afirmação repetida do salmista nos ajude a deixar Deus ser Deus: “Confia nO Senhor e Ele agirá”.

“Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.