Actos 20,17-27; Sal 67,10-11.20-21; João 17,1-11a
A TAREFA DO SENHOR ( Actos 20,17-27) . O discurso de Paulo aos anciãos de Éfeso mostra a atitude missionária de quem é movido pelO Espírito Santo. Aquele que anuncia Cristo não é proprietário daqueles a quem é enviado, mas dá-se por inteiro a cada um. Será que podemos dizer, como Paulo, que nada descurámos para anunciar todo o desígnio de Deus ? Mas, não nos culpabilizemos. O que o Apóstolo nos diz, é que, quando anunciamos o Evangelho, não somos obrigados a ter êxito : essa é uma tarefa dO Senhor. Não lhE roubemos o Seu povo e acção. Em contrapartida, não negligenciemos nada que seja útil para o anúncio do Seu Evangelho.
“GLORIFICA-ME JUNTO DE TI, PAI… ” ( Jo. 17,1-11a) . Jesus acabara de terminar a Sua última conversa com os discípulos. Estarão eles, ali junto d’Ele ? O evangelho de João nada diz. Mas o relato continua, como se tudo tivesse começado após O Seu regresso aO Pai. A prisão de Jesus só vem depois. Não, não é final de uma existência. É o início da Páscoa. Jesus, apesar de Se dirigir aO Pai dizendo “Eu”, não está sózinho nesse “eu”. Todos estamos com Ele. É este sem dúvida o significado do “Glorifica O Teu Filho!” A missão de Jesus cumpriu-se : “Eles sabem que tudo o que Tu me deste vem de Ti”. Por isso, apesar de continuar a haver traição abandono e crucificação, Ele já não é agora o único a poder dizer “Pai”. Começou um mundo novo.
Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.