SEGUNDA-FEIRA – 2/MAIO/2016

a_SantoAtanasioSTO. ATANÁSlO (373) . Patriarca de Alexandria (Egipto), sofreu cinco exílios, na luta constante e corajosa contra o arianismo que negava a divindade de Cristo. É Doutor da Igreja.

S. JOSÉ-MARIA RÚBIO PERALTA (1864-1929). “Fazer o que Deus quer e querer o que Deus faz”, lema deste jesuíta espanhol, dedicado aos pobres de Madrid. Canonizado em 2003.

Actos 16,11-15 ; Sal 149, 1-6a. 9b ; João 15, 26–16, 4a

LíDIA ESTAVA ATENTA ( Act. 16,11-15) . Chegado à cidade romana de Filipos, Paulo continua fiel à sua estratégia e procura encontrar-se com os judeus. Entre os que se reuniam para orar nas margens de um rio estava Lídia, uma prosélita, como sugere a expressão : “Ela adorava Deus” (Act.13,43). Era uma mulher que escutava Paulo com atenção pois “O Senhor lhe tinha aberto o espírito”. A sua atenção conduziu-a à fé, pediu o baptismo e, depois, acolheu os missionários na própria casa.

O ESPíRITO DÁ TESTEMUNHO EM NÓS ( Jo. 15,26–16,4a) . O testemunho não é uma opção para os cristãos, ele faz parte integrante da sua vida de baptizados. Nós somos testemunhas : a testemunha é alguém que viu, escutou e dá conta disso. Não pode guardar para si aquilo que recebeu, animado pelO Espírito. Mas, a testemunha não “transmite a fé”, apenas a “propõe” porque a fé é um caminho livre e pessoal. Quem não conhece nem O Pai nem O Filho não pode considerar a “vocação” do homem sob o mesmo ângulo que os discípulos de Cristo. Estes permanecem na comunhão dO Filho, graças ao envio dO Espírito que procede dO Pai: têm as mesmas disposições que O Filho. Por isso prestam testemunho da verdade ao ponto de darem a própria vida. Ninguém tira a vida aO Filho, é Ele quem, para o mundo a poder ter em plenitude, livremente a entrega. Assim também, os discípulos entregam a sua vida, para darem testemunho dO Filho na força dO Espírito. O Espírito dO Pai e dO Filho intercede por nós -como precioso Defensor – em todas as circunstâncias. Não temos por hábito chamar assim aO Espírito Santo. Porque usará então Jesus esta expressão ? Talvez porque os discípulos tinham grande necessidade de a ouvir no momento em que lhes eram prometidas muitas perseguições. Mas sobretudo porque este Espírito é Alguém que vem partilhar tudo connosco, é uma Pessoa que de algum modo liga a Sua sorte à nossa. Não percamos a esperança porque nunca enfrentaremos sós os embates e as dificuldades da vida : aprendamos a escutar a “brisa suave” (1Reis 19,12) , que nos acompanha. Os discípulos não ficam abandonados a si mesmos : estão sempre inspirados pelo Deus que entregou a Sua vida pelo mundo. À medida que se vai avançando na fé, mais ela é a realidade da nossa vida.

Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.