SEXTA-FEIRA – 8/ABRIL/2016

a_MultiplicacaoDosPaes.pngActos 5, 3442 ; Sal 26, 1.4.1314 ; João 6,115

“UMA REVELAÇÃO EXTRAORDINÁRIA.” (Jo.6,1-15). A liturgia leva-nos, com os pés ainda molhados pelo orvalho do Jardim da Ressurreição, ao prado da multiplicação dos pães… Este milagre antecipa uma revelação tão escandalosa que muitos dos discípulos de Jesus O abandonam : “Eu sou O Pão vivo que desceu do céu : se alguém comer deste pão, há-de viver eternamente. O pão que Eu darei é a Minha carne oferecida pela vida do mundo” (Jo.6,51). Isto é o que vivemos na Páscoa: O corpo dO Filho de Deus entregue na cruz “para glória de Deus e salvação do mundo”. Felizes somos, ao ser convidados a comunicar este mistério! “Uma grande multidão O seguia. (…) Ela tinha visto os sinais que Ele realizava…” É verdade que Jesus, com os milagres, responde às nossas expectativas, mas eles vêm sobretudo realçá-las, reforçando a esperança de todos. Quando Jesus promete à Samaritana a água viva, ela fica feliz por já não ter que a tirar do poço ; quando Jesus multiplica os pães e os peixes, a multidão quer fazê-lO rei para ser alimentada sem esforço. Então, terá Jesus que satisfazer todos os pedidos? Não, pois ficaríamos com esperanças puramente terrestres : pão e circo. Os milagres de Jesus são sinais da Sua omnipotência e manifestam a Sua vontade de nos fazer felizes, convidando-nos à conversão, a um sobressalto, a voltar à fonte de toda a felicidade: O próprio Deus, Único capaz de saciar a nossa fome de amor e de ser amado. Porque, isso é O que Ele É!

Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.