XI DOMINGO DO TEMPO COMUM – 14/JUNHO/2015

PROFETA ELISEU (séc.IX a.C.). Eliseu significa “saúde de Deus”, foi discípulo de Elias que o enconrou a lavrar e colocou sobre ele o seu manto. Exemplo desses homens extraordinários que Deus suscita em tempos de corrupção e obscurantismo.

S.TOS VALÉRIO e RUFINO (séc. III). Cristãos exemplares, responsáveis dos celeiros imperiais de Bazoches (Aisne) , foram acusados de evangelizarem os viajantes e funcionários que vinham abastecer-se dos cereais e foram por isso afogados no rio Vesle.

Ezequiel 17, 22-24 ; Sal 91, 2-3. 13-16 ; 2 Coríntios 5, 6-10 ; Marcos 4, 26-34

CONFIANÇA EM DEUS (2 Corínti.5,6-10). “Por isso, quer permaneçamos na nossa morada, quer a deixemos, esforçamo-nos (é nossa ambição) por agradar aO Senhor”. Em todas as circunstância e tempo, devo ter consciência que Deus é o único condutor da História – da minha história e da do Universo – ao ritmo que Ele escolhe, que não é necessariamente coincidente com o ritmo que eu desejo. Tenho pois que aprender a apresentar as minhas orações de petição sempre depois das orações de louvor e sempre com total confiança em Deus, bem patente na oração de S.TO Inácio de Loyola: “Tomai Senhor e recebei, toda a minha liberdade , a minha memória e o meu entendimento, toda a minha vontade e tudo o que eu sou e possuo ; Vós mo destes, a Vós o restituo…”

UMA GENEROSlDADE QUE APONTA PARA DEUS (Marcos 4,26-34). Para apresentar o Seu misterioso Reino, Jesus começa por narrar uma hístória muito simples : um grão de trigo que brota, um grão de mostarda que cresce. Falar dO Reino de Deus, é falar da vida ordinária. As parábolas deste domingo sublinham o valor do trabalho lento e fecundo da natureza. O Reino é um processo de germinação: o grão lançado à terra torna-se semente que germina. O Reino é crescimento : a terra produz primeiro a erva, depois a espiga e finalmente a espiga cheia de trigo. O Reino é fecundidade: é o tempo da colheita. O Reino é serviço: as aves do céu podem fazer o seu ninho à sombra da planta que cresceu. As parábolas dO Reino remetem-nos para a simplicidade das situações em que o homem faz a experiência da generosidade da vida de que não é fonte mas feliz beneficiário. Ainda hoje toda a gente pode compreender as pequenas histórias que Jesus partilha com a multidão. Elas interrogam-nos sobre a origem da vida generosa. Aos discípulos em particular, Jesus dá explicações que apontam para a sua missão de filhos de Deus. A fecundidade simples da vida ganha orientação nova quando ela está enraízada no desejo de O seguir. A fé nO Verbo feito carne é como um grão de mostarda. Ela cresce e ultrapassa todas as outras compreensões do mundo para podermos fazer aí o nosso ninho. As parábolas são luminosas portas de entrada, oferecidas ao mundo inteiro para acolher a Palavra que é Jesus Cristo. Elas convidam-nos a propagar a história simples do amor de Deus que cresce generosamente nas nossas vidas.

Meditações Bíblicas”, Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye. Selecção e síntese: Jorge Perloiro.