DOMINGO DO PENTECOSTES – 24/MAIO/2015

NossaSenhoraAuxiliadoraNOSSA Sª AUXILIADORA. A invocação “Maria, auxílio dos cristãos” iníciou-se no séc.XVI. Em 1571, a vitória sobre os turcos, na batalha naval de Lepanto, foi atribuída a NªSª do Rosário devido à oração do rosário pedida pelo papa. Em 1683, 90.000 turcos sitiaram Viena e a derrota deveu-se à intercessão da Virgem Maria. O sul da Alemanha, no tempo da Reforma protestante, ficou católica graças à Mãe do Céu, invocada hoje como “Maria Auxiliadora” numa capela de Passau. No final da 2ª Guerra Mundial, foi uma cadeia de oração do Rosário de todo o povo austríaco que impediu a Áustria de ficar sob o domínio comunista. S. João Bosco encontrou esta devoção no norte de Itália e ergueu uma basílica, em Turim, com a invocação de “Maria Auxiliadora”, numa devoção à Virgem que carateriza o espírito e o apostolado dos “Salesianos”.

Act. 2,1-11 ; Sal 103,1ab. 24ac. 29bc-31. 34 ; Gálatas 5, 16-25 ; Jo.15, 26-27; 16,12-15

A LÓGlCA DA REVELAÇÃO (Actos 2,1-11). Desordem, confusão, estupefacção ! Eis tudo isto incluído! Como será isto possível? Não haver mais que uma só língua? Será este o dom dO Espírito: uma única língua universal, uma espécie de “esperanto” visando facilitar a comunicação internacional? Teremos depois, perdido esta língua comum e, com isso, a faculdade de compreender o outro? O acontecimento dO Pentecostes leva-nos a deixar a lógica da comunicação para entrar na da Revelação. Nós, ouvintes da Palavra hoje, redescobramos que O Espírito não é simples agente de comunicação, facilitador do reencontro. Ele é o vector de toda a relação e presta testemunho à verdade porque dá vida ao duplo mandamento do amor. O maior espanto dos Judeus reunidos não era tanto falarem a língua do outro mas sim escutá-lo na própria língua materna. Esta, transmitida à criança pela sua mãe, é a língua da descoberta de si e do outro, aquela do desabrochar do amor, da entrada no mundo na alegria, na paciência, na bondade, na doçura. Ela ensina-nos a escutar as maravilhas de Deus pela mediação do outro. Em definitivo, a língua materna é a linguagem do amor, que transcende as línguas humanas e que todos podem comprender. Escutar o outro a falá-la leva-nos a construir em conjunto um corpo de esperança, e não uma comunidade de “esperantistas”.

Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye. Selecção e síntese: Jorge Perloiro.