NOSSA SENHORA DE FÁTlMA. As aparições da Virgem deram-se em 1917 a três Pastorinhos : Lúcia (10 anos), Francisco (9 anos) e Jacinta (7 anos) – estava a decorrer a 1ªGuerra Mundial – nos dias 13 de Maio, Junho, Julho, Setembro e Outubro, em Fátima, no local onde hoje está a capelinha das aparições, e a 19 de Agosto nos Valinhos (em virtude do sequestro das crianças no dia 13 anterior). Francisco e Jacinta morreram com a gripe pneumónica em 1919 e 1920 ; Lúcia, que professou no Carmelo, morreu em 2005 com 98 anos e descreve assim, na 4ª Memória, a Mensagem de Nossa Senhora na aparição de 13/Julho : “Para a impedir (a guerra), virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos primeiros sábados (este pedido deu-se em 1925, na aparição da Virgem à Lúcia, em Pontevedra). Se atenderem os meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz. Se não, espalhará os seus erros pelo mundo promovendo guerras e perseguições à Igreja, os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer e várias nações serão aniquiladas. Por fim o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia que se converterá e será concedido ao mundo algum tempo de paz. Em Portugal se conservará sempre o dogma da fé”. A devoção dos primeiros sábados, pedida por Nossa Senhora à Lúcia, implica:
(1) confissão com arrependimento sincero dos erros cometidos e propósito de emenda ;
(2) comunhão;
(3) recitação do terço (que Nossa Senhora, em Fátima, pediu para que fosse diária) ;
(4) meditação dos 15 (hoje 20) mistérios do Rosário (5 gozosos, 5 dolorosos e 5 gloriosos, e hoje mais os 5 luminosos, instituidos pelo papa S. João-Paulo II);
(5) intenção de desagravar o Imaculado Coração de Maria que Deus uniu ao coração de Seu Filho.
Apocalipse 21,1-5a ; Judite 13,18-20 ; João 19, 25-27
APARECEU NO CÉU UM SlNAL “Apareceu no céu um sinal ; uma Mulher vestida de sol, com a lua a Seus pés, com uma coroa de doze estrelas” (Ap.12,1). Vestida de sol, como em Fátima, e coroada por todo o povo de Deus – representado pelas 12 estrelas, símbolo das 12 tribos de Israel – povo unido na paz que Jesus concede aos que O recebem com a humildade, piedade e devoção com que O recebeu Sua Mãe, Maria Santíssima. Por isso a invocamos como Rainha da Paz, à qual João Paulo II consa-grou a família humana e cuja coroa de unidade dos povos na paz é hoje a bandeira da União Europeia. O Apocalipse, os Salmos e o Evangelho, têm muitas outras descrições metafóricas que se aplicam a Nossa Senhora, Mãe de Jesus, como nos textos da liturgia de hoje : “Esta é a morada de Deus entre os homens. Ele habitará com eles ; eles serão o Seu povo…” Tornámo-nos povo de Deus, quando do alto da cruz “Jesus viu Sua Mãe e, ao lado d’Ela, o discípulo – que nos representa – que Ele amava”. Então disse Jesus a Sua Mãe : “Mulher eis O Teu Filho! Depois disse ao discípulo : Eis a tua mãe !”
Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Suplemento Panorama, Edição Bayard, Paris). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.
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