Procissão de entrada: Marcos 11,1- 10
Missa: Is. 50, 4-7 ; Sal 21, 8-9.17-18a.19-20. 23-24 ; Filipenses 2, 6-11 ; Marc.14,1–15, 47
MISÉRIA DO HOMEM E GRANDEZA DE DEUS (Marcos 8,1-11). As numerosas personagens que intervêm no relato da Paixão de S. Marcos manifestam profundamente algo da miséria do homem, dos seus limites, dos seus pecados : Judas que trai O Mestre com um beijo; os fariseus felizes por terem morto um inocente; Pilatos e Herodes que se desembaraçam de Jesus a fim de atrair sobre eles o favor do povo ; Pedro que jura não O conhecer ; os soldados que se entregam à violência gratuita ; a multidão que passa fácilmente das aclamações às acusações. Mas não esqueçamos que é Jesus quem está no centro da cena. É n’Ele que temos que fixar o nosso olhar. É Ele a quem João e Maria Madalena, assim como numerosos discípulos, escolheram seguir, no silêncio. Jesus entrega-Se em amor, ao preço da Sua vida. Assim, O Deus do amor e da vida mostra-Se no rosto dum homem agonizante, abandonado por todos. O Deus da justiça manifesta a Sua identidade na condenação dum inocente. É um Deus fraco em vez de forte, vítima em vez de triunfante, servo em vez de rei. Na Sua Paixão e morte, Jesus revela a grandeza de Deus. No fundo, no cristianismo, a vida gera-se no sofrimento, ela surge na morte. Celebrar a Paixão dO Senhor, é, em cada ano, descobrir a proximidade inverosímel de Deus no caminho da nossa vida.
Meditações Bíblicas”, tradução dos Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye. Selecção e síntese: Jorge Perloiro.
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