1ºDIA do OITAVÁRIO DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS : “TEMOS QUE ATRAVESSAR A SAMARlA…” (João 4,4). Deus de todos os povos, ensina-nos a atravessar a Samaria para ir ao encontro dos nossos irmãos e irmãs das outras Igrejas. Faz com que aí submetamos o nosso coração, disposto a receber de todas as culturas. Tu que és a fonte de comunhão, concede-nos a unidade que Cristo quer para nós. Amen.
STA. MARGARiDA DA HUNGRIA (1242-70). Princesa húngara, consagrada a Deus desde os 3 anos de idade. Entrou aos 12 anos num convento dominicano situado numa ilha do Danúbio, e aí levou uma vida de extrema penitência.
“No início da “Semana de Oração pela Unidade”, meditemos com o P. Yves Congar sobre as “Bases Teológicas da Oração pela Unidade dos Cristãos”: “A oração é o acto pelo qual eu me ajusto à Vontade da salvação de Deus (…) A oração pagã procura trazer a divindade até nós; a oração cristã coloca-se nas mãos de Deus, que nos molda e conduz…” A referência é a Oração de Cristo no Jardim das Oliveiras, em que Ele apresentou a Sua súplica e Se abandonou à Vontade dO Pai. O P. Congar continua : “O homem que reza, pede e ao mesmo tempo, oferece-se a Deus para que nele e por ele a Sua Vontade Se cumpra, pois ela levará sempre ao bem e à salvação”. Oremos pois por todas as comunidades cristãs que se defrontam com tantas divisões, antigas e modernas” – Irmã Emmanuelle Billoteau.
1Samuel 3, 3b-10.19 ; Sal 39. 2. 4ab. 7-10 ; 1Cor.6, 13c-15a.17-20; Jo.1, 35-48
COMPREENDER UM APELO, É PARTlLHÁ-LO (1 Sam.3,3b-10.19). A vocação de Samuel, tal como a dos primeiros discípulos de Jesus, é uma aventura colectiva que ainda dura: aquilo que Deus vem dizer-nos compreendêmo-lo melhor partilhando-o com os outros. Eram dois, no meio da noite, à escuta de um apelo cuja origem procuravam. À terceira solicitação, Eli compreende que O Senhor chama Samuel, mas as duas pri-meiras tinham sido necessárias para despertar a atenção do sacerdote e sublinhar a disponibilidade do jovem Samuel. À quarta vez, quando a criança se vai deitar no templo onde se encontra a Arca da Deus, a sua escuta é orientada na boa direcção. O Senhor pode aproximar-Se e chamar: “Samuel, Samuel !” À semelhança de Samuel, aquilo que vivemos como repetições, pode ajudar-nos a aí encontrar alguma novidade. E sobretudo, quando Deus quer falar-nos, chama-nos pelo nome próprio. Se crescermos a escutá-lO, “nenhuma das Suas palavras fica sem efeito”.
“EIS O CORDElRO DE DEUS…”(João 1,35-48). O evangelho de hoje faz-nos compreender as palavras que efectivamente vivemos em cada Eucaristia. No momento em que o celebrante diz: “Eis O Cordeiro de Deus” e mostra O Corpo de Cristo, nós estamos como que em movimento para Ele. À imagem dos 2 discípulos, André e João, que escutaram as palavras de João Baptista e se puzeram a seguir Jesus per-guntando: “Rabi, onde moras ?”, a que Este respondeu: “Vinde e vêde”, a assembleia avança para o altar onde sabe que Ele habita. E, então, comungamos O Seu Corpo para que Ele permaneça em nós, e nós n’Ele : orientados na boa direcção pela comunidade cris-tã, compreendemos a chamada para partilharmos este encontro porque, também nós, “Encontrámos O Messias !”
“Meditações Bíblicas”, trad. Irmãos Dominicanos da Abadia de Saint-Martin de Mondaye (Supl. Panorama). Selecção e síntese: Jorge Perloiro.
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