SEGUNDA-FEIRA – 17/MARÇO/2014

SEGUNDA-FEIRA – 17/MARÇO/2014

SaoPatricioS. PATRÍClO (390-461). Raptado com 16 anos da sua casa na Grã-Bretanha foi vendido como escravo na Irlanda de onde conseguiu fugir passados 6 anos. Já clérigo, este discípulo de S.Germano d’Auxerre, voltou à Irlanda onde fundou numerosos mosteiros e da qual é o Padroeiro principal, juntamente com STA. Brígida e S. Columba.

Daniel 9, 4b-10 ; Sal 78. 8-9.11.13 ; Lucas 6, 36-48

OracaoDeDaniel“TODOS NÓS PECÁMOS, SENHOR !” (Daniel 9,5). Rezamos sós com Deus, tal como Daniel, mas dizemos “Pai Nosso” e, ao confessar os pecados, fazê-mo-lo solidariamente com todos os membros da Igreja. No “eu pequei” está incluído o“nós pecámos”. Quando nos compenetramos desta realidade, quando ganhamos consciência da solidariedade no mal – sem isso se opôr à responsabilidade pessoal – sentimo-nos igualmente solidários no perdão. Ao receber o perdão do padre, em nome de Deus, sei que o perdão é para toda a Igreja. Como posso então julgar e condenar os meus irmãos, recusando perdoar-lhes? Terei consciência que a medida que me é dada, está cheia, a transbordar, por não se destinar só a mim?

“UMA MEDIDA TRANSBORDANTE…” (Luc. 6,36-48). À imagem da medida do amor de Deus por nós, a caridade na qual Cristo nos convida a entrar – segundo a qual Ele quer que desejemos viver – tem uma medida “transbordante”. Uma medida que não especula, que abre espaços de bondade, de generosidade, de partilha, sem olhar para trás, sem retornos calculistas. A Quaresma é um tempo em que, ao “privarmo-nos”, o fazemos para alargar o coração, suspender os julgamentos, podar os ramos secos e dar lugar à misericórdia.

Meditações Bíblicas”, trad. das Irmãs Dominicanas de Notre-Dame de Beaufort (Supl. Panorama, Ed. Bayard, Paris)