QUINTA-FEIRA – 13/MARÇO/2014
Ester 4, 17n. p-r. aa-bb. gg-hh ; Sal 137,1-3. 7c-8 ; Mateus 7, 7-12
A RAINHA ESTER REFUGIOU-SE JUNTO DO SENHOR. Nos dias de angústia, quando a urgência de pedir submerge a vida ordinária, dá-se em nós um grande despojamento. Então aprendemos, ou reaprendemos, a rezar. Essas horas vividas em paroxismo, são horas de verdade e iluminam o resto da nossa vida. Face aos dramas que nos ultrapassam, o homem de negócios não é mais que um pobre pai desarmado, a actriz de sucesso mais que uma marionete e, a mulher feliz, mais do que uma infeliz, terrivelmente só. Quando Ester se refugiou nO Senhor já não era a jovem judia segura da sua beleza, raínha toda poderosa e invejada por todos; era apenas uma pobre criatura sem apoios, com o olhar erguido para Aquele que, para ela, significava tudo. Na oração esquecidos de nós, de tal modo estamos fascinado pelo Outro que a súplica já não é súplica, pois se transforma em pura contemplação, na certeza de que tocará o coração dO Pai que está nos céus e vela por nós com amor. Convém-nos ter tempo para sublinhar o que, neste breve texto, resulta da contemplação dO Senhor, quais são os seus efeitos : ficaremos espantados e talvez compre-endamos melhor o segredo que permite ao Evangelho afirmar tranquilamente “Pedi e dar-se-vos-á”.

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