QUARTA-FEIRA – 12/MARÇO/2014
BTA. ÂNGELA SALAWA (1881-1922). Além do seu trabalho de empregada doméstica, esta humilde terciária franciscana, exerceu em Cracóvia um apostolado, discreto mas intenso, junto das empregadas domésticas jovens. Fez votos de castidade perpétua e entrou na Associação de STA. Zita. Durante a 1ª Guerra Mundial tratou os prisioneiros de guerra sem olhar à nacionalidade ou religião. STA. Teresa d’Ávila e S. João da Cruz eram seus autores preferidos. No diário escreveu, dirigindo-se a Cristo:“Quero que Tu sejas amado tanto quanto foste supliciado”. Foi beatificada em 1991.
Jonas 3,1-10 ; Sal 50, 3-4.12-13.18-19 ; Lucas11, 29-32
“LEVANTA-TE E VAI A NÍNIVE…” (Jonas 3,1-10). Pela segunda vez, O Senhor reitera a Jonas a ordem à qual ele se tinha esquivado. Por vezes queixamo-nos : “O Senhor persegue-me !” ; não me deixa em paz apesar de eu – tal como Jonas – fugir para longe e me esconder no âmago de oceanos incógnito, onde precisamente Ele me procura. O monstro marinho salva-me da morte, mas logo me vomita na praia sob o olhar d’Aquele de quem fujo, para O ouvir repetir-me : “Levanta-te e vai a Nínive”. Há salvações tão pesadas como derrotas; preferiríamos algumas mortes. Hoje há muitos“Jonas” descon-tentes com a missão recebida, que sofrem por terem de aceitar a vontade d’outro, que está fora e para lá da sua própria maneira de ver. “Jonas” é todo o pobre homem que refila, que resiste, que é forçado, malgrado si próprio; sou eu, é o meu irmão com múltiplas fraquequezas e até cobardias. Mas, o mais admirável é serem estes “Jonas” que Deus usa para salvar Ninive. Claro que a salvação não depende só de Jonas, mas é Jonas que tem de levar a Palavra de Deus : “Vai a Ninive e proclama a mensagem que, para ela, Eu te dou”. É a Palavra que salva, mas é necessário o profeta, o mensageiro, para a levar e a pôr em movimento. Fazem falta a Deus o pobre homem, o doente, o jovem sem meios, o sacerdote, o pai e o avô que sou eu.
RESPONDER AO APELO (Sal 50,3-4.12-13.18-19). “Cria em mim, ó Deus, um coração puro”(Sal.50,12a). Mais uma vez, a liturgia nos recorda que a Quaresma é um tempo privilegiado para cooperarmos na recriação que só pode ser obra de Deus. Cooperação que implica a disponibilidade aO Espírito, o confronto com a nossa vida quando nos afastamos dO Senhor, enfim, a escolha de nunca mais trabalharmos para “o que não sacia” (Isaías 55, 2) e de respondermos ao apelo de Deus que nunca deixa de nos procurar : “Adão, onde estás tu?” (Génesis 3,9). E isto para nos restabelecer na dignidade de filhos de Deus, criados à Sua imagem e semelhança.

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