QUARTA-FEIRA – 12/FEVEREIRO/2014
STA. EULÁLIA (304). Vivia escondida na casa de família, nos arredores de Barcelona. Aos 25 anos assumiu publicamente a sua fé. Foi supliciada e colocada num barril revestido interiormente com facas que rolou pela encosta onde hoje, em Barcelona, há uma rua com o seu nome. Foi portanto testemunha de que, para os que estão possuídos pelo amor de Cristo, tudo o resto carece de importância.
1 Reis 10,1-10 ; Sal 36, 5-6. 30-31. 39-40 ; Marcos 7,14-23
ACOLHER O OUTRO (1Reis10,1-10). A visita da célebre rainha de Sabá, improvável históricamente, faz parte da tradição de Israel sobre a Sabedoria. A sabedoria é a reflexão dos povos sobre a experiência acumulada, sobre o sentido da existência e a melhor forma de a viver. Ela não é em primeiro lugar religiosa e resulta duma meditação prática. Ainda que raro no antigo Testamento, o enigma é uma das suas formas literárias. Trata-se de pôr de forma imaginária um problema existencial ou moral, para testar a subtileza do julgamento de alguém. Salomão é a figura do rei sábio : os soberanos dos países mais ricos vinham reconhecê-lo, mas não sabiam que a sua sabedoria resultava duma escuta atenta da palavra de Deus. O episódio da rainha de Sabá é simbólico. Como Salomão também recebemos visitas de rainhas de Sabá todos os dias. Elas vêm colocar-nos questões existenciais : porque acreditas em Deus ? porquê a vida ? porquê a morte ? O drama é não considerarmos os nossos interlocutores como rainhas mas, sobretudo, como “zés-ninguém” e, por vezes, até como inimigos. Procedamos como Salomão. Será pela nossa maneira de viver, de acolhermos os outros, que entraremos na nova evangelização. A sabedoria cristã será então a arte de saber viver “perante” e “com” os outros.

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